O relógio começou a correr contra Carla Zambelli (PL-SP). Com o fim da licença parlamentar nesta quinta-feira (02.10), a deputada, condenada a mais de 15 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e atualmente presa na Itália, passa a ter suas faltas contabilizadas pela Câmara dos Deputados. A medida pode acelerar o processo que pode resultar em sua cassação, já em análise pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), havia autorizado o afastamento de 120 dias, por “interesse particular”, a partir de 05 de junho. Agora, com o prazo esgotado, Zambelli começa a acumular faltas nas sessões plenárias.
A deputada foi condenada a 10 anos de prisão pelo STF por invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e falsidade ideológica, além de mais 5 anos e 3 meses em regime semiaberto por porte ilegal de arma e constrangimento ilegal. Essa última acusação se refere ao episódio em que ela perseguiu, armada, o jornalista Luan Araújo, apoiador do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em outubro de 2022, durante o segundo turno das eleições, no bairro Jardins, em São Paulo.
Mesmo presa, a deputada foi ouvida por videoconferência na CCJ em 24 de setembro, no âmbito do processo que pode levar à cassação de seu mandato. Na ocasião, negou as acusações e disse que espera ser libertada em breve.
Leia Mais - Zambelli diz que será libertada e acusa Moraes de parcialidade
O STF já declarou a perda do mandato de Zambelli, medida prevista em lei após condenação criminal. Agora, a decisão depende do Plenário da Câmara, que terá de votar o parecer da CCJ.
Siga o Instagram do VGN: (CLIQUE AQUI).
Participe do Canal do VGN e fique bem informado: (CLIQUE AQUI).