O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), deputado Max Russi (PSB), criticou duramente os atrasos nas obras do BRT em Cuiabá. Ele cobrou mais rigor do Governo do Estado com empresas que descumprem prazos e compromissos firmados em contrato.
“Infelizmente, muitas vezes a gente fica amarrado. Tem empresas que assumem compromissos e não dão conta de executar. O Estado precisa ser mais rigoroso com essas empresas, aplicar multas, executar contratos. Se não têm responsabilidade, têm que sair do mercado”, disse em entrevista coletiva na última quarta-feira (06.08).
Russi destacou o impacto direto dos atrasos na vida dos motoristas e no cotidiano da população cuiabana. “O trânsito afeta todo mundo. O cidadão mais rico, com o melhor carro, bate no buraco e não gosta. O trabalhador humilde, que sai cedo e volta tarde, perde tempo, qualidade de vida. O trânsito precisa fluir”, afirmou.
O parlamentar sugeriu dividir as obras do BRT em lotes para acelerar a execução. “Temos que resolver esse problema o mais rápido possível e entregar essas obras para dar fluidez ao trânsito de Cuiabá”, completou.
Prazo prestes a vencer
O prazo final para que o Consórcio BRT conclua o trecho sob sua responsabilidade termina na próxima segunda-feira (11), conforme contrato firmado com o Governo de Mato Grosso. O acordo prevê 150 dias corridos para a entrega da obra. Caso o prazo não seja cumprido, o consórcio poderá ser multado em até R$ 54 milhões.
Apesar da proximidade do vencimento, a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra) ainda não confirmou se o cronograma está sendo cumprido.
Em 28 de julho, o Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT) divulgou um levantamento apontando que as obras na Avenida Historiador Rubens de Mendonça (Av. do CPA) estão 70% concluídas. No entanto, segundo o presidente do TCE, conselheiro Sérgio Ricardo, a conclusão total só deve ocorrer entre janeiro e fevereiro de 2026 — bem além do prazo contratual.
O trecho em questão compreende da entrada do Bairro CPA até o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea). Outros segmentos do BRT estão sob responsabilidade de empresas diferentes, como o trecho entre o Shopping Pantanal e a Defensoria Pública. Há ainda previsão de obras entre a Avenida da Prainha e o Porto.
Além das vias, ainda serão licitados separadamente os terminais de integração, estações de embarque, pontes, viadutos, sinalização viária e o sistema inteligente de transporte.
Leia matéria relacionada - Consórcio BRT concluiu 70% do trecho a quatro dias do fim do prazo
Siga o Instagram do VGN: (CLIQUE AQUI).
Participe do Canal do VGN e fique bem informado: (CLIQUE AQUI).
