O deputado estadual Valdir Barranco (PT) comentou, na manhã deste sábado (24.05), a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a Mato Grosso, durante o lançamento do Programa Solo Vivo, em Campo Verde, a 139 km de Cuiabá. Ao ser questionado sobre a importância política da presença de Lula no Estado, especialmente para as articulações da esquerda visando as eleições de 2026, Barranco destacou o caráter republicano do presidente e a entrega de obras em todas as regiões, independentemente de alinhamento partidário.
“O presidente Lula, do ponto de vista institucional, é sempre muito republicano. Ele não olha se é oposição ou governo, de que lado está cada parlamentar ou prefeito. Esta já é a quarta vez que ele vem a Mato Grosso. Já esteve em Rondonópolis, depois em Várzea Grande, visitou o cacique Raoni no Xingu e, agora, está aqui em Campo Verde”, afirmou o parlamentar.
Segundo Barranco, com exceção da visita ao Xingu, que teve caráter simbólico e cultural, todas as demais visitas de Lula ao Estado envolveram a entrega de obras. “Em Rondonópolis foi o residencial; em Várzea Grande, teve o residencial e melhorias no aeroporto; e agora ele vem lançar o Programa Solo Vivo, assinar convênios com o BNDES, viabilizar investimentos na BR-163 e, possivelmente, na BR-158. Também serão autorizadas construções de moradias para comunidades quilombolas, como Matacavalho. É muita coisa que o presidente está trazendo hoje”, destacou.
Barranco também comentou a ausência do governador Mauro Mendes (União) na visita de Lula ao território indígena do cacique Raoni. Segundo o deputado, a agenda era pessoal e restrita ao líder indígena. “Aquela era uma agenda muito íntima do cacique Raoni. O convite dependia unicamente dele”, afirmou.
Apesar disso, Barranco reconheceu que Lula e Mendes têm visões opostas sobre os povos indígenas. “O governador acha que os povos indígenas devem desmatar e produzir soja. Já o cacique Raoni e a maioria dos indígenas prezam pela sustentabilidade e pela preservação de sua cultura”, disse.
“Abraço ideológico” ao bolsonarismo
Questionado sobre por que, mesmo com entregas e investimentos, Lula encontra dificuldades em conquistar o eleitorado de Mato Grosso, Barranco argumentou que há uma forte barreira ideológica no Estado. “Vivemos um momento em que o bolsonarismo ainda domina o debate com uma pauta de "extrema direita". Essa resistência ao presidente Lula é uma manobra puramente ideológica. Bolsonaro não fez absolutamente nada por Mato Grosso — o próprio governador reconhece isso. Qualquer pesquisa simples no Google ou no ChatGPT mostra claramente a diferença entre o que Lula e Bolsonaro fizeram pelo Estado”, criticou.
Enfrentar a "extrema direita"
Sobre como a esquerda pode enfrentar a "extrema direita" em Mato Grosso, Barranco defendeu o fortalecimento das políticas públicas e a melhoria da comunicação com a população. “A resposta é com trabalho, entregas concretas e uma comunicação eficaz que mostre à população os resultados do Governo Federal”, finalizou o deputado.
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