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Ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes em Cuiabá
O deputado estadual Carlos Avallone (PSDB) em entrevista à imprensa, criticou os planos do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em lançar uma candidatura do ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas ao Governo ou ao Senado por Mato Grosso.
Mesmo sem qualquer relação com Mato Grosso, Bolsonaro defende o nome do ministro para fazer frente ao governador Mauro Mendes (DEM), possível candidato à reeleição. “Quando eu vejo falar que o Tarciso pode ser candidato ao Senado ou ao Governo me preocupo. Ele é um bom ministro, eu acho que é um homem muito trabalhador, eu o vejo fazendo muita coisa, mas não em Mato Grosso. Infelizmente, em Mato Grosso são 13 km na saída do Distrito Industrial e nenhuma outra estrada”, reclamou o tucano.
Avallone destacou que faltam investimentos do Governo Federal na Infraestrutura do Estado. Entre os pontos negativos para o ministro, o tucano apontou como exemplo, a incapacidade do Governo Bolsonaro em asfaltar a BR-174, prometida por aliados bolsonaristas no Estado, que no final das contas, precisou ser estadualizada para receber a obra.
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“O governador Mauro Mendes está estadualizando uma estrada federal que é a 174, ela era federal, vai ser estadualizada para Mauro colocar o dinheiro e fazer a estrada. Então, como ele vai ser candidato a governador? Eu acho que nós temos nomes melhores aqui, do próprio governador, do Nilson Leitão, o Francis Maris e outros, são nomes melhores e conhecem o Estado, não sei nem de que Estado é o Tarcísio”, criticou.
O deputado alertou que a manobra do presidente já foi feita por outras autoridades, um dos exemplos, citou o caso da ex-presidente Dilma Rousseff, que saiu da Presidência para tentar ser senadora, mesmo com uma história de vida no Rio Grande do Sul lançou por Minas Gerais e perdeu: “Então esses lançamentos assim são perigosas”
Outro exemplo daqui de Mato Grosso, quando lançaram o senador Roberto Campos, que só depois de lançado descobriram suas raízes em Nossa Senhora do Livramento. “Ele foi um bom senador para o Brasil, mas não lembro que ele tenha sido bom para Mato Grosso. Isso acontece na política, às vezes o cara procura um Estado para se eleger”, relatou.
Após os exemplos, voltou a falar do ministro: O ministro Tarcísio é um dos bons ministros que o Bolsonaro tem, como também a ministra da agricultura, a nossa contemporânea mato-grossense, mas por exemplo, se Teresa Cristina saísse candidata à senadora por Mato Grosso, não estaria certo, ela tem que ser por Mato Grosso do Sul, embora seja da família Correia da Costa. Então essas coisas são muito ruins quando acontecem. A gente não pode brincar com isso”, finalizou.
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