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Política Sábado, 07 de Outubro de 2017, 20:05 - A | A

Sábado, 07 de Outubro de 2017, 20h:05 - A | A

Entrevista

Anotem aí: Não vamos parar!, diz Lucimar Campos

Revista Top Empresarial 2017

VG Notícias

Lucimar PAC

 

Em entrevista à Revista Top Empresarial, Lucimar Campos afirma que Várzea Grande voltará a ser considerada “Cidade Industrial” – posto que perdeu há cerca de uma década – com a chegada do Parque Tecnológico, no Bairro Chapéu do Sol.

O projeto do Governo do Estado, orçado em mais de R$ 8,3 milhões, prevê a criação de um ambiente de inovação tecnológica com a presença do poder público e também da iniciativa privada, com empresas e instituições de pesquisa e desenvolvimento. As obras estão na fase de licitação e devem ser iniciadas no próximo mês (novembro).

A prefeita fala ainda sobre obras na área da saúde e infraestrutura, concurso público e casos de corrupção no Estado. Leia:

Revista Top Empresarial - Prefeita, quando assumiu o comando do município, a senhora prometeu aquecer a economia local. Destaque as conquistas e pontos positivos de sua gestão que fazem jus ao seu discurso?

Lucimar Campos - Várzea Grande hoje respira novos ares, tanto é que publicações nacionais já demonstram que Várzea Grande passou a ser considerada uma cidade melhor para se viver. Constantemente recebemos pedidos de empresários e industriais interessados em se instalar em Várzea Grande, diante do resultado e retorno que a gestão tem proporcionado. Mas, reputo como essencial à mudança no perfil econômico a chegada do Parque Tecnológico, que vai levar a cidade a se tornar um Polo Educacional e a instalação de indústrias e empresas, atraídas por mão de obra especializada formada nas instituições de ensino daqui. Lembro ainda que temos mais de 75 obras públicas em andamento em nossa cidade, gerando mais de 5 mil empregos diretos e outros 8 mil indiretos, além de potencializar o comércio e a indústria, movimentando mais de R$ 350 milhões em recursos públicos neste ano.

Anotem aí: Não vamos parar!

Revista Top Empresarial - Na sua concepção, hoje qual o principal gargalo de Várzea Grande?

Lucimar Campos - Eu diria que é o tempo. Retomar os mais de 10 anos em que a cidade deixou de cumprir com uma série de obrigações e investimentos. Hoje, reafirmo, temos 76 obras em andamento, mas são obras que deveriam estar prontas faz muito tempo, mas não foram realizadas pelas gestões passadas. Como não foram feitas obras e a cidade cresceu, teve sua população aumentada, a demanda se tornou ainda maior. Em todas as áreas, saúde, educação, social, segurança, obras, enfim em todas elas temos necessidades que precisam ser urgentemente supridas. Obras de esgoto tratado e abastecimento de água são as mais preocupantes, pois elas atingem e ampliam a necessidade de outros investimentos, como na saúde pública. Hoje investimos mais de 200 milhões de reais em obras desta envergadura, que melhoram a qualidade de vida das pessoas e valorizam suas moradias.

Revista Top Empresarial - Qual é a prioridade da atual gestão municipal?

Lucimar Campos - Não existe apenas uma prioridade. Tudo para nós é prioritário, pois dentro de uma gestão se temos um desequilíbrio entre os setores acabamos por prejudicar o conjunto. É óbvio que existem prioridades definidas pela população, por conta de demandas que estão entre as maiores exigências, mas enquanto gestora pública, atuamos no sentido de avançar em todas as áreas, umas mais que as outras. Se atuarmos no desenvolvimento da cidade, com certeza teremos mais recursos para atender outras demandas, então pensamos macro para tentar resolver os problemas micro.

Revista Top Empresarial - Como a senhora avalia a decisão do Governo do Estado de encerrar as negociações com o consórcio responsável pela obra do VLT, uma obra que causou grandes prejuízos à cidade. Como prefeita, o que a senhora pode fazer para que essa obra seja concluída?

Lucimar Campos - Primeiro de tudo temos que avaliar que para um gestor público, retomar uma obra da envergadura e do valor do VLT, que superará, quando concluída, 2 bilhões de reais, com problemas legais, é muito complicado, pois gestão representa continuidade de ações e de interesse da maioria da população. Sou favorável à retomada, até porque a população de Várzea Grande merece um transporte público de qualidade e moderno, mas isto não pode ser motivação para se retomar e concluir uma obra que amanhã ou depois se tornará uma grande dor de cabeça, tanto para a população como para os governantes. Acredito no bom senso do governador Pedro Taques, mas principalmente no compromisso dele em retomar essa obra, assim como outras que foram colocadas para a população, mas não foram concluídas. Naquilo que for pertinente ao município, nós vamos nos empenhar para que o VLT se transforme numa realidade para atender a população que tanto precisa de um transporte público de qualidade.

Revista Top Empresarial - Qual a sua opinião em relação ao tratamento que Várzea Grande vem recebendo dos governos estaduais ao longo desses anos em todas as áreas? Melhorou na gestão do governador Pedro Taques?

Lucimar Campos - Posso falar com relação à nossa gestão, que se iniciou em maio de 2015 e permanece até hoje com o governador Pedro Taques como chefe do Executivo Estadual. Ele tem respeitado não apenas o nosso governo, mas o povo desta cidade que também votou nele. Todos os pedidos que fizemos ao governador Pedro Taques foram atendidos. Alguns mais, outros menos, mas ele em nenhum momento demonstrou descaso para com nossa solicitação ou as necessidades de Várzea Grande. Acredito que se pudessem e a crise não os limitassem, tanto o governador Pedro Taques quanto os deputados estaduais, federais e senadores fariam muito mais, com certeza.

Revista Top Empresarial - Mato Grosso ainda vivencia uma crise financeira gigantesca. Por conta disso, inclusive, o Executivo Estadual tem atrasado os salários dos servidores. O que fazer para manter as contas em dia e ainda ter recursos para investir no município?

Lucimar Campos - A crise tem obrigado a nós gestores públicos a termos criatividade nas ações e escolhas difíceis de se fazer. Em questionamentos anteriores, foi me perguntado sobre as prioridades e declarei que para nós enquanto gestores não pode haver prioridade, pois tudo é importante. Acredito que o Governo do Estado tem problemas muito maiores que Várzea Grande, tanto que cuida da saúde dos 141 municípios, assim como da segurança, das obras e de outras políticas públicas. A crise está presente, afeta todas as esferas de Governo, Federal, Estadual e Municipal, então é necessário que tenhamos em mente a busca de soluções para os problemas, pois o cidadão não quer saber da crise e sim de como os gestores irão atender seus pleitos. Agora, isto é fruto de uma série de erros na partilha da arrecadação de impostos. Os problemas estão localizados nas cidades, mas do total de 100% arrecadado pelo Governo Federal, 60% fica na esfera federal, 25% fica com os Estados e 15% com os municípios. Essa divisão provoca uma inversão de valores. Se as pessoas vivem nos municípios, é neles que deveria ficar a maior parcela dos impostos, pois elas pagam para terem serviços públicos de qualidade. Os problemas estão nos municípios, as pessoas também, mas a maior parte dos recursos está no Governo Federal e nos Estados.

Revista Top Empresarial - Aliás, a senhora acaba de lançar um concurso com mais de duas mil vagas. Várzea Grande está imune à crise?

Lucimar Campos - Serão 2.693 vagas para todas as áreas da administração pública de Várzea Grande. E a resposta é não. Várzea Grande não está imune à crise e está passando dificuldades, assim como Mato Grosso e outros municípios. O que fizemos foi definir linhas de atuação em todos os setores, aplicando de forma correta os recursos públicos para que o máximo de pessoas possam ser atendidas. Saúde pública demanda 15% de investimentos, segundo a lei, mas estamos investindo quase que o dobrou disto. Quando investimos em saúde estamos diminuindo outros custos. Isto se chama gestão dentro da realidade. Outra coisa que sempre temos em mente é que o salário do servidor público é sagrado, então de toda a arrecadação de impostos que diariamente cai no caixa do Tesouro Municipal, separamos parte para termos no final do mês o suficiente para quitar os salários e valorizar o trabalho dos servidores, pois não existe política pública em qualquer área sem o servidor público.

Revista Top Empresarial - Fale sobre as ações da Prefeitura nas áreas de saúde, infraestrutura e educação?

Lucimar Campos - Temos entre obras na área da saúde, a reforma, melhorias e novos equipamentos para o Hospital e Pronto Socorro Municipal, que já entregou sua sexta etapa de obras. Já entregamos recentemente a nova UTI e seus 20 leitos, o Centro Cirúrgico com três salas e a Rede Cegonha com 12 leitos de enfermaria e três salas de parto. Das 5 policlínicas existentes, quatro foram reformadas e melhoradas, além de equipadas, nos bairros Cristo Rei, Parque do Lago, 24 de Dezembro e Marajoara. Agora, reputo como importantíssima a UPA Ipase, que hoje está sendo tratada como referência pelo Ministério da Saúde, que tem recomendado para outros prefeitos que conheçam a unidade em Várzea Grande, que realiza mais de 10 mil atendimentos/mês, e bem atendidos, é claro, dentro da realidade local. Nossa próxima etapa será a construção e inauguração, em 2018, da UPA Cristo Rei, e se possível pretendemos lançar até 2020 mais uma UPA, para atender outras regiões em Várzea Grande. Das 15 UBS – Unidade Básica de Saúde lançadas na gestão passada, nenhuma foi concluída. Sete delas vamos construir e colocar para funcionar, uma já foi entregue, a do São Simão e Ouro Verde. Já com relação a infraestrutura, quero destacar a duplicação da Av. Filinto Muller, uma obra de R$ 30 milhões entre recursos estaduais e municipais, que criará um novo corredor comercial interligando a região do Grande São Mateus e impedindo que uma nova região fique separada do Centro de Várzea Grande. Mas, hoje, em 30 bairros temos obras de pavimentação, recuperação e operação tapa-buracos. Quanto a área de Educação, temos cinco escolas municipais em obras e três novas escolas estaduais feitas em parceria com o Governo do Estado. Temos ainda obras de 16 Centros Municipais de Educação Infantil – CMEIs, as antigas creches, que atenderão entre 3,5 mil e 5 mil crianças se as unidades funcionarem em dois ou três períodos.

Revista Top Empresarial - Já na área de segurança e lazer, quais foram os investimentos?

Lucimar Campos - A Guarda Municipal precisa ser resgatada, é o que estamos fazendo. Só que este é um processo lento e gradual, que demanda tempo, investimentos pesados, pois o servidor da Guarda Municipal precisa de uma melhor capacitação, armamento, viaturas, entre outras ações. Estamos tentando captar recursos junto ao Fundo Nacional de Segurança Pública para darmos uma repaginada na Guarda Municipal e torná-la mais eficiente. Já quanto ao lazer, temos recuperado dentro das condições financeiras, praças públicas, procurando despertar na população o bom senso de zelar pelo que é público para atender a eles mesmos. Estão em nossos planos ainda a possível reforma do Estádio Dito Souza, no Grande Cristo Rei, e a recuperação de miniestádios, como foi feito com o José Silva Oliveira, mais conhecido como Bife. Também não poderia deixar de falar da reconstrução do Ginásio de Esportes Júlio Domingos de Campos – Fiotão, que será uma das praças esportivas mais modernas de Mato Grosso e do Centro Oeste. Mesmo sendo longa em minhas respostas, não poderia deixar passar a anexação do Parque Berneck como Patrimônio de Várzea Grande, que será um dos maiores parques urbanos em região central de Mato Grosso.

Revista Top Empresarial - Como a senhora analisa os vídeos divulgados na imprensa de políticos recebendo “mensalinho”. Acredita que a população está desacreditada com os políticos? O que fazer para resgatar a confiança do cidadão?

Lucimar Campos - Acredito que a população tem motivos para estar desacreditada dos políticos, mas não podemos e não vamos generalizar. Temos políticos de respeito e que merecem um voto de confiança da população. Acho que é cíclica a rotatividade dos políticos, então que os cidadãos exerçam seu direito democrático de escolher o nome que melhor lhe convier, pesando todos os fatos e não deixando de acompanhar tudo que acontece. Confio e acredito não apenas no bom senso das pessoas, como nas instituições democráticas como a Justiça, o Ministério Público, o Tribunal de Contas, a Controlador

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