O prefeito de Cuiabá, Abílio Brunini (PL), afirmou nesta quinta-feira (10.07) que a prioridade de compra da Santa Casa de Misericórdia é do Governo Federal, seguida pelo Governo do Estado. Segundo ele, caso a União e o Estado não manifestem interesse, a Prefeitura poderá assumir a aquisição e manter a gestão do hospital.
“A preferência da compra é da União, primeira entidade que pode comprar o imóvel. O segundo é o Governo do Estado. O município é residual. Na ausência do interesse de ambos, aí sim teremos a possibilidade de fazer isso”, declarou Abílio, após reunião no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) com o vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos). O encontro tratou das dívidas da Santa Casa, estimadas em cerca de R$ 50 milhões.
O Governo do Estado já indicou que não pretende manter o hospital após a inauguração do Hospital Central, prevista para o fim do ano. O Ministério Público tem cobrado garantias de que serviços hoje prestados pela Santa Casa, como os de oncologia, sejam mantidos mesmo com a transição.
Abílio afirmou que pretende manter a estrutura em funcionamento. “Conversei com o Estado sobre uma estratégia para não fechar a Santa Casa. Qualquer um dos entes federativos que quiserem fazer a aquisição do imóvel, o município está à disposição para dar a gestão”, disse.
Na quarta-feira (10), o deputado federal Emanuel Pinheiro Neto (MDB), o Emanuelzinho, enviou ofício ao ministro da Saúde, Alexandre Padilha, pedindo um estudo de viabilidade técnica para que o Governo Federal assuma a gestão do hospital.
Apesar do movimento parlamentar, Abílio demonstrou ceticismo quanto ao envolvimento da União. “Se o Governo Federal quiser comprar, ótimo, vamos salvar a Santa Casa. Pouco importa se vai ser com Governo Federal ou Estado. Não acredito que vão aceitar. Quanto tá a picanha? Ele [Lula] não cumpre”, ironizou o prefeito, fazendo referência a promessas de campanha do presidente.
Leia também: Sem garantia de atendimento, MP ameaça barrar fechamento da Santa Casa
Entre no grupo do VGNotícias no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).