O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), acusou nesta terça-feira (08.07) o ex-prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) de ser “pai ausente” em relação às obras do Mercado Municipal Miguel Sutil. A declaração é uma resposta à fala de Emanuel, que disse ser o "pai da criança", em referência ao projeto iniciado em sua gestão.
Durante depoimento à CPI da CS Mobi, nessa segunda-feira (07), Emanuel afirmou que compareceria “até ao parto” da obra, demonstrando orgulho pelo empreendimento. Abilio rebateu, dizendo que Emanuel não pagou a “pensão” da obra, deixando débitos e pendências.
“Não pagava pensão, era pai ausente. Que tipo de pai é esse? Tem que chamar a polícia para o pai que não paga pensão. Não pagou 2023, 2024. Pai é quem cria”, ironizou o atual prefeito.
O Mercado Miguel Sutil integra o contrato firmado entre a Prefeitura e a CS Mobi por meio de uma Parceria Público-Privada (PPP) de 30 anos, assinada na gestão de Emanuel. Pelo acordo, a empresa ficaria responsável por operar o estacionamento rotativo e executar obras de infraestrutura, como a reforma do mercado, construção de calçadas e melhorias no centro. Em contrapartida, a prefeitura se comprometeu a pagar até R$ 1 milhão por mês à empresa, com reajustes.
A CPI da Câmara investiga supostas irregularidades no contrato, como mudanças no projeto, desequilíbrio financeiro e possíveis prejuízos ao erário. Abilio comparou a comissão a um “conselho tutelar” que investiga a ausência de Pinheiro na condução das obras.
“A CPI é o conselho tutelar que está investigando por que ele esteve tão ausente. Parece até que ele é pai da criança na Assembleia também, onde está há 450 dias fora”, disse, fazendo referência à licença-prêmio de Emanuel, que é servidor efetivo da ALMT.
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