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Política Terça-feira, 07 de Junho de 2022, 16:39 - A | A

Terça-feira, 07 de Junho de 2022, 16h:39 - A | A

CONDENAÇÃO POR FAKE NEWS

2ª Turma do STF derruba decisão de Nunes Marques e mantém cassação de deputado bolsonarista

A votação na Segunda Turma que julgou decisão monocrática terminou 3 a 2 com voto decisivo do ministro Gilmar Mendes

Redação VGN

Nesta tarde de terça-feira (07.06), a decisão do ministro Nunes Marques foi derrubada pela Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF). A votação terminou por três votos a dois, a decisão do ministro Nunes Marques. O resultado é que a  a cassação do deputado estadual bolsonarista Fernando Francischini (União-PR) por propagação de fake news contra as eleições foi mantida. O deputado parlamentar perdeu o mandato após decisão Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em outubro de 2021.

O ministro Gilmar Mendes definiu a votação. Ele seguiu a divergência aberta pelo ministro Edson Fachin e acompanhada por Ricardo Lewandowski. Nunes Marques, que na última quinta-feira deu uma liminar devolvendo o mandato ao parlamentar, foi seguido apenas por André Mendonça.

No seu posicionamento, Gilmar  justificou que "O discurso de ataque sistemático a confiabilidade às urnas noa pode ser considerado como tolerável no estado democrático de direito, especialmente por um pretende a cargo político com larga votação. Tal conduta ostenta gravidade ímpar, que pode comprometer o pacto social em torno das eleições —, disse Gilmar.

Ao abrir a divergência, Fachin, que já havia votado pela cassação de Francischini no TSE em outubro de 2021, rechaçou os argumentos de que os ataques do deputado às urnas não teriam tido impacto capaz de levar à perda do mandato.

— Não há direito fundamental para propagação de discurso contrário à democracia. O silêncio deste STF diante desta prática configuraria em grave omissão constitucional e descumprimento de suas nobres atribuições — disse Fachin.

O julgamento foi marcado por Nunes Marques, que também é presidente da Segunda Turma, poucas horas antes do início do julgamento pelo plenário virtual de um recurso que questionava a sua decisão. Essa análise foi paralisada após um pedido de vista do ministro André Mendonça. Ambos foram indicados ao STF pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).

O julgamento de Francischini foi o primeiro em que houve condenação de um parlamentar por fake news no TSE e é considerado um marco para casos parecidos. Na decisão favorável ao deputado, Nunes Marques se posicionou contra, entre outras pontos, à decisão do TSE de aplicar às redes sociais as mesmas regras previstas para uso indevido dos meios de comunicação, ponto trazido pela defesa.

O magistrado também entendeu que faltam elementos que comprovem o comprometimento da disputa eleitoral em decorrência da live do deputado, feita em 2018, na qual afirmou, sem provas, que as urnas eletrônicas estavam fraudadas para impedir a eleição de Jair Bolsonaro.

Com Informações do OGlobo

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