A Polícia Federal prendeu nesta sexta-feira (13.06) em Recife (Pernambuco), o ex-ministro do Turismo Gilson Machado, que integrou o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele é investigado por tentar ajudar Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência, a obter um passaporte português para deixar o Brasil.
Segundo as investigações, em maio de 2025, Machado teria atuado junto ao Consulado de Portugal em Recife para tentar viabilizar o documento. A PF encontrou no celular de Cid arquivos que apontam uma tentativa anterior de obtenção da cidadania portuguesa em janeiro de 2023.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de um inquérito para apurar o caso.
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Além disso, a Polícia Federal também pediu investigação sobre uma campanha de arrecadação financeira para Jair Bolsonaro. Em 16 de maio deste ano, Gilson Machado usou sua conta no Instagram para pedir doações via Pix em nome do ex-presidente.
Mauro Cid, que é um dos réus no chamado “inquérito do golpe”, também foi alvo de um mandado de busca e apreensão nesta sexta (13), cumprido em sua casa, em Brasília. Ele deve prestar depoimento à PF ainda hoje. A prisão de Cid chegou a ser considerada pelo STF, mas não foi decretada.
Gilson Machado esteve Bolsonaro
De acordo com o jornalista Igor Gadelha, do portal Metrópoles, Gilson Machado esteve com Bolsonaro em agendas públicas em Natal (RN) na quinta-feira (12), horas antes de ser preso. Ele voltou de carro para Recife, onde foi detido. A PF já monitorava seus passos e, caso ele tivesse permanecido em Natal, poderia ter sido preso ali mesmo.
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