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Polícia Sexta-feira, 03 de Outubro de 2025, 11:57 - A | A

Sexta-feira, 03 de Outubro de 2025, 11h:57 - A | A

Operação Sisamnes

PF apreende celular de lobista suspeito de negociar decisões judiciais

Andreson Gonçalves, alvo da Operação Sisamnes, cumpre prisão domiciliar em MT

Lucione Nazareth/VGN

A Polícia Federal apreendeu nesta sexta-feira (03.10) o celular de Andreson de Oliveira Gonçalves durante cumprimento de mandado em sua residência em Primavera do Leste (a 239 km de Cuiabá).

O lobista cumpre prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica devido a problemas graves de saúde e é investigado por suspeita de compra e venda de decisões judiciais envolvendo assessores do Superior Tribunal de Justiça (STJ), do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) e em outros tribunais.

Ele estava preso desde a primeira fase da Operação Sisamnes, deflagrada em novembro de 2024, e foi transferido para o regime domiciliar em julho deste ano, após laudo médico apontar risco de morte em razão do seu quadro clínico.

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Imagens revelam deterioração física de lobista investigado pelo STJ

Segundo a Polícia Federal, esta fase da investigação foi determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Cristiano Zanin, por suspeita de descumprimento das medidas cautelares. Até o momento, não há ordem para nova prisão do investigado.

Operação Sisamnes

A Operação Sisamnes já teve dez fases e revelou que Andreson tinha acesso antecipado a minutas e votos de ministros do STJ. As investigações começaram após o assassinato do advogado Roberto Zampieri, em dezembro de 2023, em Cuiabá. Durante a apuração, o celular de Zampieri foi apreendido, sendo encontrado diálogos que indicavam compra de decisões judiciais de desembargadores, entre eles Sebastião de Moraes Filho e João Ferreira Filho, ambos de Mato Grosso, e que foram afastados do cargo.

O material foi encaminhado ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que identificou a relação de Zampieri com Andreson. As mensagens revelaram que o lobista compartilhava minutas de decisões do STJ e relatava pagamentos a assessores de ministros em troca de sentenças favoráveis.

A investigação também identificou transferências bancárias de empresas ligadas a Andreson para agentes públicos, incluindo um repasse de R$ 4 milhões a um servidor do STJ que atuou nos gabinetes de duas ministras da Corte.

A PF segue apurando a extensão da atuação do lobista e a participação de outros envolvidos na venda de decisões judiciais.

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