A Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) concluiu, nesta segunda-feira (26.05), o laudo que corrobora a versão apresentada pelo médico Bruno Felisberto do Nascimento Tomiello, 29 anos, de que o tiro que matou a adolescente Kethlyn Vitória de Souza, de 15 anos, foi acidental.
“O laudo da reprodução simulada corrobora a versão do suspeito e foi concluído hoje”, informou a assessoria da Politec.
O caso aconteceu no início deste mês, no município de Guarantã do Norte, a 721 km de Cuiabá. A reconstituição da morte da adolescente foi realizada no dia 16. Imagens registradas pela Politec mostram o médico ao lado de um perito, simulando como o disparo teria ocorrido naquela noite.
Mesmo com a conclusão da perícia, Bruno permanece indiciado por feminicídio e outros cinco crimes. A Polícia Civil entende que, apesar de não ter tido intenção de matar, o médico assumiu o risco ao “brincar” com a arma dentro do carro.
Bruno Felisberto passou por audiência de custódia no dia 6 deste mês e foi encaminhado à Cadeia Pública de Peixoto de Azevedo, a 676 km de Cuiabá.
No interrogatório, o médico confessou ter sido o autor do disparo, alegando que o tiro foi acidental, pois acreditava que a arma estivesse descarregada. Ele prestou socorro imediato a Kethlyn, levando-a ao hospital.
O crime
Na madrugada do dia 3 de maio, por volta das 2h, a Polícia Militar foi acionada para comparecer a um hospital de Guarantã do Norte, onde uma adolescente de 15 anos havia dado entrada com ferimento grave na cabeça, causado por disparo de arma de fogo.
Ela foi socorrida pelo namorado, médico da cidade. Segundo relato de um funcionário do hospital, ele chegou em estado de choque, dizendo: “Salvem minha menina. Eu não sei viver sem ela”.
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