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Polícia Sexta-feira, 16 de Maio de 2025, 17:28 - A | A

Sexta-feira, 16 de Maio de 2025, 17h:28 - A | A

caso Ketlhyn Vitória

Médico que matou adolescente é indiciado e pena pode chegar a 62 anos

Os fatos se desenrolaram em um intervalo de 33 minutos

Gislaine Morais/VGN

O médico Bruno Felisberto do Nascimento Tomiello, 29 anos, suspeito de assassinar a então namorada, Ketlhyn Vitória de Souza, 15 anos, foi indiciado pelo crime de feminicídio e por outros seis delitos relacionados ao caso. Somadas, as penas máximas dos crimes podem chegar a 62 anos de prisão, a serem cumpridos em regime inicialmente fechado. O crime ocorreu na madrugada de 3 de maio de 2025, em Guarantã do Norte, município a 709 km de Cuiabá.

De acordo a Polícia Civil, a linha do tempo apurada na investigação, aponta que os fatos se desenrolaram em um intervalo de 33 minutos. Às 00h55, o casal deixou um bar no centro da cidade. Dois minutos depois, o veículo — conduzido inicialmente pelo médico — trafegava pela avenida José Nelson Coutinho. No minuto seguinte, entrou na avenida Guarantã, momento em que a vítima foi colocada no colo do médico e passou a dirigir o carro. Nesse instante, ocorreu o disparo dentro do veículo.

Às 01h01, o automóvel entrou em alta velocidade na avenida Dante Martins de Oliveira, a caminho do hospital, onde chegou às 01h02. A adolescente teve morte confirmado às 01h28. A administração da unidade acionou a Polícia Militar, que chegou ao local às 01h31.

Segundo o delegado Waner Neves, responsável pelo inquérito, o médico foi indiciado pelos crimes de feminicídio, dano ao patrimônio público, porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, disparo de arma de fogo, dirigir sob influência de álcool, entregar veículo a pessoa não habilitada e fornecimento de bebida alcoólica a adolescente.

A investigação apurou que o médico adquiriu a arma ilegalmente em 2022. Entre outubro e novembro de 2024, ele foi apresentado a Ketlhyn pela irmã dela. Em 3 de janeiro de 2025, iniciaram uma união estável. Três meses depois, a adolescente foi levada pelo namorado ao hospital com sangramento nasal. Na ocasião, ele próprio a atendeu e afirmou que não havia indícios de agressão.

Também foi constatado que, uma semana antes do crime, o médico teria efetuado disparos com a mesma arma de forma aleatória na cidade.

Prisão preventiva

A prisão preventiva foi decretada dois dias após o crime, em 5 de maio. No interrogatório, o médico confessou ter sido o autor do disparo, alegando que o tiro foi acidental, por acreditar que a arma estivesse descarregada.

Ele relatou ter prestado socorro imediato e levado Ketlhyn ao hospital. Conforme o boletim de ocorrência, permaneceu no local durante o atendimento, e, após a confirmação da morte da adolescente, teve um surto e danificou parte das instalações da unidade de saúde.

O crime

Na madrugada do dia 3 de maio, por volta das 2h, a Polícia Militar foi acionada para comparecer a um hospital de Guarantã do Norte, onde uma adolescente de 15 anos havia dado entrada com ferimento grave na cabeça, causado por disparo de arma de fogo.

Ela foi socorrida pelo namorado, médico da cidade. Segundo relato de um funcionário do hospital, ele chegou em estado de choque, dizendo: "Salvem minha menina. Eu não sei viver sem ela."

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