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Polícia Segunda-feira, 05 de Maio de 2025, 17:54 - A | A

Segunda-feira, 05 de Maio de 2025, 17h:54 - A | A

TIRO NA CABEÇA

“Um pedaço dele foi enterrado com ela”, alega defesa do médico que matou adolescente

Defesa do médico alega disparo acidental durante manuseio de arma

Lucione Nazareth & Edina Araújo/VGN

O médico Bruno Felisberto do Nascimento Tomiello, de 29 anos, se entregou à polícia na tarde desta segunda-feira (05.05), na delegacia de Guarantã do Norte, a 721 km de Cuiabá. Ele teve a prisão em flagrante convertida em prisão preventiva. Bruno é suspeito de atirar e matar a companheira, Kethlyn Vitória de Souza, de 15 anos, no último sábado (3).

Em entrevista ao portal , o advogado Fábio Henrique, que representa o médico Bruno Tomiello, afirmou que o disparo foi acidental, atribuindo a tragédia à irresponsabilidade e ao consumo de álcool. “Um pedaço dele já está enterrado, que é a menina; e o outro pedaço já está enterrado por antecipação, porque a vida dele está num estado que a senhora nem imagina”, declarou o advogado.

Segundo a defesa, o casal havia saído de uma festa de rodeio e seguia para casa, quando Kethlyn sentou-se no colo do companheiro, como costumavam fazer. Em determinado momento, o médico, que portava uma pistola, manipulou a arma acreditando que ela estivesse desmuniciada. O disparo acidental ocorreu nesse instante, atingindo a adolescente na cabeça.

“Infelizmente, ele estava mexendo na arma, bêbado, e a arma disparou. Foi uma fatalidade”, declarou o defensor. Ainda segundo o advogado, Bruno prestou socorro à namorada e a levou ao hospital municipal da cidade, onde tentou reanimá-la com o apoio de outros médicos. No entanto, a jovem não resistiu.

A defesa nega qualquer tentativa de fuga. Fábio Henrique afirma que o médico permaneceu na casa da mãe, em estado de choque, e apresentou-se voluntariamente à polícia após orientação jurídica. “Foi uma entrega combinada com a autoridade policial, por segurança. Ele não foi capturado, não estava foragido”, reforçou.

A Justiça converteu a prisão em flagrante em prisão preventiva. O médico permanece detido na delegacia local, aguardando audiência de custódia. A Polícia Civil investiga o caso como homicídio, com possibilidade de feminicídio, e apura também a legalidade da relação entre Bruno e Kethlyn, uma vez que a adolescente era menor.

Quanto ao fato de a vítima ser menor de idade, o advogado argumenta que existia uma união estável consensual, reconhecida pela família da jovem. “Pode ser imoral, mas não é ilegal”, afirmou.

A defesa reforça que irá trabalhar para provar que o caso foi uma tragédia sem intenção. “Ele morreu no dia em que ela morreu também”.

O médico deve passar por audiência de custódia hoje ou amanhã, segundo a defesa.

Relembre o caso

Kethlyn foi atingida com um tiro na cabeça e levada pelo namorado até uma unidade de saúde da cidade. De acordo com a Polícia Militar, Bruno aparentava estar muito abalado.

A adolescente foi atendida por uma equipe médica que tentou reanimá-la por cerca de 40 minutos, mas não resistiu. Testemunhas relataram que, ao ser informado da morte, Bruno ficou descontrolado e tentou quebrar janelas e portas do hospital.

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