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Polícia Sexta-feira, 25 de Julho de 2025, 10:45 - A | A

Sexta-feira, 25 de Julho de 2025, 10h:45 - A | A

VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER

Com 47% dos homicídios sendo feminicídios, secretário de MT joga responsabilidade para sociedade

Números mostram escalada da violência contra mulher no Estado

Isadora Sousa & Angelica Gomes/VGN

O secretário de Segurança Pública de Mato Grosso, César Augusto Roveri, transferiu parte da responsabilidade do combate aos feminicídios para a sociedade, em entrevista nesta sexta-feira (25.07). A declaração acontece após o 19º Anuário Brasileiro de Segurança Pública revelar dados alarmantes sobre a violência contra mulheres no Estado.

"Não é um problema só de segurança pública, é um problema que a sociedade toda tem que buscar soluções", afirmou Roveri ao comentar os números que colocam Mato Grosso em situação crítica. O secretário também argumentou que "a segurança pública não está dentro de cada lar".

Os dados do anuário mostram uma realidade preocupante: em 2024, dos 100 homicídios contra mulheres registrados em Mato Grosso, 47 foram classificados como feminicídios — representando 47% do total. Em 2023, foram 46 feminicídios entre os 103 homicídios contra mulheres (44,7%).

Segundo Roveri, dos 27 feminicídios registrados em 2025, somente duas vítimas possuíam medida protetiva ativa no momento do crime. O secretário revelou ainda que quase 80% dos assassinatos aconteceram na residência da própria vítima.

Para justificar a atuação do governo, Roveri destacou que Mato Grosso possui programas sociais como auxílio-aluguel para ajudar mulheres a saírem de situações de violência doméstica. “Todo o atendimento começa na segurança pública, mas continua nos programas sociais”, defendeu.

No primeiro semestre de 2024, a Polícia Civil atendeu cerca de 19 mil mulheres vítimas de violência doméstica e familiar no Estado.

Sorriso lidera em estupros

O secretário também comentou a situação de Sorriso, que saiu da 5ª posição entre as cidades mais perigosas do Brasil em 2023 para a 13ª em 2024. Roveri atribuiu a melhoria às operações do programa Vigia Mais MT e às quase 500 câmeras de monitoramento instaladas na cidade.

Contudo, os dados do anuário revelam outro problema grave. Sorriso registra a segunda maior taxa de estupro do Brasil, com 131,9 casos de estupro e estupro de vulnerável para cada 100 mil habitantes em 2024.

Leia matérias relacionadas: Feminicídios representam quase metade dos homicídios contra mulheres em Mato Grosso

Sorriso tem a 2ª maior taxa de estupros do Brasil; maioria é cometida por familiares

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