Um caso de suposta negligência médica no Pronto-Socorro Municipal de Várzea Grande (PS/VG) revolta familiares de Abdias Ferreira de Almeida, 62 anos, internado no domingo (27.07) após se envolver em acidente de trânsito na BR-364, próximo ao município de Jangada, a 70 km de Cuiabá.
Segundo denúncia enviada à reportagem do 
, Abdias deu entrada no Pronto-Socorro no domingo, mas teria recebido atendimento médico e realizado exames, apenas na madrugada, após insistência da família.
Conforme relato da irmã da vítima, Marli Ferreira, a vítima chegou à unidade com fortes dores e sinais visíveis de lesão. Inicialmente, foi medicado apenas com Tramal e permaneceu no corredor da unidade, sem exames diagnósticos. Durante a madrugada, após pressão dos parentes, foi realizada uma tomografia que revelou fratura no fêmur.
"A situação dele se agravou muito. Agora descobriram perfurações nos órgãos, pneumotórax e líquido no tórax. Está intubado na UTI, em estado gravíssimo. Ele ficou mais de um dia sofrendo no corredor", relatou Marli.
O atendimento teria sido intensificado após contato com a deputada estadual Janaína Riva, que fez ligação direta à direção da unidade. Somente então foi formada uma junta médica para avaliar o quadro do paciente.
Além da alegada demora no atendimento, a família denuncia maus-tratos por parte da equipe de enfermagem. "A enfermeira-chefe, Vanessa, maltratou eu e meus pais, com grosseria. Tentamos entrar com liminar pela Defensoria Pública, mas ele [Abadias] sequer estava com documentação completa no sistema e se regulação", acrescentou Marli.
"Foi necessária influência política para que o atendimento fosse realizado adequadamente. Isso é revoltante. Se fosse uma pessoa sem contatos, poderia ter morrido ali mesmo", desabafou a familiar.
Segundo ela, o irmão permanece no Pronto-Socorro aguardando ser encaminhado a outra Unidade de Saúde para realizar os procedimentos adequados.
Outro lado
O entrou em contato com a Secretaria de Saúde de Várzea Grande, mas não obteve retorno até o fechamento da matéria. Espaço segue aberto para manifestações.
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