O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), afirmou nesta terça-feira (29.07) que não haverá exoneração de diretores, coordenadores ou secretários escolares da rede municipal, apesar da recomendação do Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MPMT) para desligamento de gestores nomeados de forma irregular. Segundo o prefeito, a situação não se aplica à capital porque todos os atuais ocupantes desses cargos são servidores efetivos da Secretaria Municipal de Educação.
“Nós não teremos que exonerar ninguém, porque no município de Cuiabá nenhum diretor está nas condições que o MP apontou. Todos os diretores, coordenadores ou secretários são servidores efetivos, então não temos ninguém a ser exonerado”, declarou.
A recomendação do MP foi motivada por casos em que profissionais comissionados, readaptados ou com sucessivas licenças médicas estariam exercendo cargos de gestão em escolas, prática vedada pela legislação municipal.
Abilio também comentou sobre a relação com os servidores da Educação, admitindo haver insatisfação de ambos os lados, tanto por parte da categoria quanto da própria gestão.
“Eu acho que existe uma parte dos servidores da Educação que não está muito satisfeita por causa dos meus posicionamentos políticos, principalmente, mas existe uma parte da nossa gestão também que está insatisfeita com a forma como a Educação vem sendo gerida no município”, declarou.
Brunini também criticou os índices de aprendizagem na rede municipal e defendeu maior exigência de resultados. O prefeito citou que metade dos alunos não conclui o 5º ano com domínio básico
“Aluno incompetente não vai passar”
de português e matemática.
“Eu não consigo admitir nem aceitar que o município de Cuiabá tenha 50% dos seus alunos que não consigam sair do quinto ano qualificado, sem saber o básico. Eles [professores] não podem só cobrar direitos, precisam aplicar deveres também”, disse.
Ele criticou ainda a aprovação automática de alunos. “Esse negócio de ficar passando aluno só ‘pra’ frente sem reprovar, aí o aluno vai passando incompetente de turma em turma e vai passando o problema. Aqui no município, se o aluno não tiver nota adequada, vai reprovar”, declarou.
Por fim, Abilio garantiu que a Prefeitura tem competência legal para exigir desempenho e cobrou que a rede municipal melhore a qualidade do ensino em Cuiabá.
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