A estudante de fisioterapia Danieli Santos afirmou, em entrevista ao #vgn nesta terça-feira (22.07), que a família busca explicações sobre a morte do pai, o técnico de enfermagem Hélcio José dos Santos, 52 anos, ocorrida entre domingo (20) e segunda-feira (21) no Hospital Metropolitano de Várzea Grande. O óbito só foi comunicado aos parentes por um sobrinho que mora em São Paulo, e não pela unidade hospitalar, o que gerou indignação.
Segundo Danieli, Hélcio deu entrada no plantão da unidade no fim da tarde de domingo e, por volta das 19h30, conversou por telefone com a esposa. Ao fundo da chamada, era possível ouvir a bipagem dos aparelhos da UTI. Essa foi a última vez que a família teve contato com ele.
Na manhã de segunda-feira, por volta das 5h, a esposa tentou nova ligação, sem resposta. Ao longo da manhã, Danieli e familiares tentaram localizar Hélcio em outras unidades de saúde, sem sucesso. “Pensei que estivesse tudo bem, que ele assumiu o plantão de algum colega e não conseguiu avisar”, disse a filha.
A confirmação do falecimento, no entanto, só chegou horas depois, e não diretamente pelo hospital. “O Hospital Metropolitano ligou para um sobrinho do meu pai, que mora em São Paulo, para avisar que ele tinha falecido. Não ficamos sabendo nem pelo hospital”, afirmou Danieli.
Para a estudante, a morte foi uma fatalidade, mas a condução do caso expõe problemas na estrutura e gestão do hospital. “A gente quer saber como que em 20 horas ninguém da equipe médica deu falta dele. Houve troca de plantão, como fizeram essa troca com um funcionário a menos? Não tinha ninguém da limpeza para verificar o banheiro durante esse período?”, questionou.
Hélcio José dos Santos foi velado na manhã desta terça-feira (22) na capela Bom Jesus, em Várzea Grande. O sepultamento ocorreu às 15h. A família informou que pretende pedir esclarecimentos formais sobre o caso à direção do Hospital Metropolitano.
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