Em nota, o Conselho Regional de Medicina do Estado de Mato Grosso (CRM-MT) disse que instaurou sindicância para apurar a denúncia de que médicos estariam sofrendo retaliação por denunciarem irregularidades no Hospital e Pronto-Socorro de Cuiabá (HPSMC), referência no tratamento aos pacientes com COVID-19.
De acordo consta da nota, a presidente do CRM, Hildenete Monteiro Fortes, “reforça que o Código de Ética Médica assegura ao médico o direito de apontar falhas em normas, contratos e práticas internas das instituições em que trabalhe quando as julgar indignas do exercício da profissão ou prejudiciais a si mesmo, ao paciente ou a terceiros, devendo comunicá-las ao Conselho Regional de Medicina de sua jurisdição e à Comissão de Ética da instituição, quando houver”.
Falhas - Em maio deste ano, o CRM divulgou que médicos que atuam em unidades de saúde que prestam assistência a casos confirmados e suspeitos de COVID-19 denunciaram ao Conselho Federal de Medicina (CFM) quase 17 mil inconformidades na infraestrutura de trabalho oferecida por gestores (públicos e privados) de todo o País.
Conforme o CRM, entre as principais ‘faltas’ identificadas em 2.166 serviços de saúde, estão a falta de máscaras N95 (ou equivalente), assim como de outros equipamentos de proteção individual (EPIs); a insuficiência ou completa ausência de kits de álcool gel ou 70%, de exames para covid-19; e a carência de equipes de enfermagem (enfermeiros e técnicos). Outro ponto preocupante para os médicos é a dificuldade no acesso a leitos de UTI e de internação.
Entre no grupo do VGNotícias no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).