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Cidades Domingo, 10 de Agosto de 2025, 21:00 - A | A

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“Águas Seguras”

Com histórico de afogamentos, Passagem da Conceição terá patrulhamento reforçado

“Águas Seguras” chega à terceira edição e prioriza pontos com alta concentração de banhistas, como a Passagem da Conceição

Nicolle Ribeiro & Angelica Gomes/VGN

Com o avanço da seca e o aumento no número de banhistas em rios e córregos, o Corpo de Bombeiros de Mato Grosso lançou a terceira edição da Operação “Águas Seguras”, cuja atuação estará concentrada na região da Passagem da Conceição, em Várzea Grande. O objetivo é reduzir os riscos de afogamento, que voltaram a crescer no Estado nos últimos anos.

Segundo dados da Secretaria de Estado de Segurança Pública (SESP), Mato Grosso registrou 53 mortes por afogamento em 2023, alta de 15% em relação ao ano anterior, quando foram contabilizadas 46 vítimas. Neste ano, até julho, já houve 28 mortes confirmadas em ambientes aquáticos, com casos registrados em rios de grande movimentação, como o Cuiabá, o Sepotuba e o Araguaia.

A Passagem da Conceição é um desses pontos de maior concentração de banhistas e, por isso, é prioridade da ação. Durante os meses de agosto, setembro e outubro — considerados os mais críticos devido ao calor e ao baixo nível das águas —, equipes de guarda-vidas farão plantões nos fins de semana para reforçar a vigilância.

“O rio engana: parece calmo, mas pode ter rebojos e correntezas. Um minuto de distração é suficiente para uma tragédia”, alertou o tenente-coronel Souza, comandante do 2º Batalhão do Corpo de Bombeiros.

A operação tem apresentado bons resultados. Desde a primeira edição, não foi registrado nenhum caso de afogamento na área durante os períodos em que os bombeiros estiveram presentes, segundo o comandante.

Ainda assim, fora da operação — ou em locais sem cobertura —, o risco permanece elevado. Em muitos casos, o consumo de álcool, o excesso de confiança e o desconhecimento da profundidade ou das correntes são apontados como causas. “Água e bebida alcoólica não combinam. Criança deve estar sempre ao alcance dos olhos e das mãos. O afogamento é silencioso e rápido”, reforçou Souza.

O comandante também alertou que tentar salvar alguém sem técnica adequada pode resultar em mais de uma morte: “Muitos casos ocorrem porque a pessoa tenta resgatar um parente ou amigo sem saber como agir. O correto é lançar um objeto flutuante e acionar o 193 imediatamente”.

Dados nacionais reforçam o alerta

Os números de Mato Grosso refletem uma tendência nacional. O Brasil registra, em média, 5,4 mil mortes por afogamento por ano — mais de 15 por dia —, conforme dados do Ministério da Saúde. A maioria ocorre em ambientes naturais, como rios, represas e lagos. Crianças e adolescentes representam cerca de 18% das vítimas, com destaque para aquelas de até 5 anos.

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