No decorrer do depoimento à CPI dos Atos Golpistas em 7 de janeiro, o hacker Walter Delgatti Neto e o senador Sergio Moro (União-PR) protagonizaram um bate-boca e troca de acusações. Delgatti, que estava prestando seu depoimento, caracterizou Moro como um "criminoso contumaz", ao passo que o ex-juiz o classificou como "bandido".
Walter Delgatti Neto ganhou notoriedade como o hacker envolvido no caso "Vaza Jato" em 2019, quando invadiu dispositivos eletrônicos e divulgou mensagens supostamente associadas ao então ministro da Justiça e ex-juiz Sergio Moro, bem como a integrantes da força-tarefa da Lava Jato e outras autoridades.
O clima esquentou quando Moro mencionou a condenação de Delgatti por estelionato, referente a golpes supostamente perpetrados em Araraquara (SP), e questionou quantas vítimas ele teria prejudicado. Delgatti replicou: "É importante destacar que sofri perseguição em Araraquara, inclusive, similar à perseguição que Vossa Excelência dirigiu ao presidente Lula e membros do PT".
Posteriormente, Delgatti revelou que havia lido conversas do ex-juiz da Lava Jato em aplicativos de mensagens, afirmando: "Li as partes privadas e posso afirmar que Vossa Excelência é um criminoso contumaz, tendo cometido diversas irregularidades e crimes".
Moro, então, solicitou ao vice-presidente da CPI, senador Cid Gomes (PDT-CE), que estava presidindo a comissão naquele momento, para advertir Delgatti, explicando que o depoente não poderia difamar um senador durante a CPI.
"O senhor que foi preso é o bandido aqui, desculpe, senhor Walter. O senhor foi condenado. Então, o senhor é inocente assim como o presidente Lula, é isso?", questionou o senador.
O hacker replicou: "O senhor não foi preso porque usou a prerrogativa de foro por função".
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