O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) criticou a declaração do ministro da Economia, Paulo Guedes, sugerindo um novo Ato Institucional nº 5 (AI-5) em caso de protestos de rua contra o Governo.
Segundo Maia, as declarações do ministro causam insegurança na sociedade e nos investidores e, mesmo que seja para justificar um eventual radicalismo da oposição, não tem sentido usar o argumento de um ato de exceção contra manifestações políticas.
Paulo Guedes, em entrevista coletiva realizada na última segunda-feira (25.11), em Washington, nos Estados Unidos, declarou que há possibilidade de alguém pedir o AI-5 em caso de radicalização dos protestos de rua no Brasil. A informação é da Folha de S. Paulo.
“Sejam responsáveis, pratiquem a democracia. Ou democracia é só quando o seu lado ganha? Quando o outro lado ganha, com dez meses você já chama todo mundo para quebrar a rua? Que responsabilidade é essa? Não se assustem então se alguém pedir o AI-5. Já não aconteceu uma vez? Ou foi diferente? Levando o povo para a rua para quebrar tudo. Isso é estúpido, é burro, não está à altura da nossa tradição democrática”.
Guedes não foi o primeiro a sugerir um novo AI-5, em outubro deste ano, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) também sugeriu o retorno do ato institucional que fechou o Congresso Nacional, cassou mandatos e suspendeu o direito ao Habeas Corpus. Com isso, Maia questionou o intuito por trás da utilização recorrente do termo AI-5.
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