Por Virgilio Marques*
A produtividade no ambiente de trabalho tem uma história rica e dinâmica, refletindo a evolução das sociedades e das tecnologias.
Desde a Revolução Industrial, com suas fábricas e linhas de montagem, até a era digital de hoje, o conceito de produtividade sofreu transformações significativas.
Inspirado pelos estudos de Domenico De Masi sobre a sociologia do trabalho, trago aqui dicas ajustadas para cada nível profissional, levando em conta o contexto e as inovações tecnológicas que moldam nosso modo de trabalhar.
Para estagiários
1- Gestão de tempo digital: Utilize aplicativos como Trello ou Asana para gerenciar suas tarefas. A tecnologia de gerenciamento de projetos remonta aos métodos de produção Lean e Kanban, originados na Toyota nos anos 1940.
2- Intervalos produtivos: Inspirado no conceito de "Ócio Criativo", de De Masi, use apps como Pomodone ou Focus Booster para aplicar a técnica Pomodoro, alternando trabalho focado com breves pausas.
3- Feedback constante: Plataformas como Slack e Microsoft Teams facilitam a comunicação instantânea para feedbacks regulares, essenciais para seu desenvolvimento.
4- Priorização eficiente: Aplicativos como Eisenhower Matrix ajudam a categorizar tarefas com base em urgência e importância, uma abordagem que tem suas raízes na administração do tempo desde os anos 50.
5- Organização espacial: Softwares de organização, como Evernote ou Notion, podem ajudar a manter seu espaço de trabalho digital limpo e organizado, aumentando a clareza mental.
Para analistas
1- Análise crítica aprimorada: Ferramentas como Tableau e Microsoft Excel, com suas raízes nas primeiras planilhas eletrônicas dos anos 80, são cruciais para análise de dados eficiente.
2- Automatização de tarefas: Softwares como Zapier ou IFTTT permitem a integração e automação de tarefas rotineiras, um conceito que evoluiu a partir da automação industrial.
3- Comunicação eficaz: Plataformas como Zoom ou Google Meet, herdeiros da revolução da comunicação online, são fundamentais para apresentações e reuniões remotas eficazes.
4- Gestão de projetos: Ferramentas como Jira ou Microsoft Project são essenciais na gestão de projetos, continuando a evolução das técnicas de planejamento e controle iniciadas no século XX.
5- Foco nos resultados: Utilize KPIs e métricas em plataformas como Google Analytics para manter o foco em resultados tangíveis, um princípio de gestão que remonta às primeiras teorias administrativas.
Para gerentes
1- Liderança digital: Utilize plataformas de RH, como BambooHR ou Workday, para inspirar e gerenciar equipes, combinando princípios de liderança tradicionais com inovações digitais.
2- Gerenciamento de tempo para equipes: Softwares como Monday.com ou Basecamp ajudam na delegação e no gerenciamento de tempo da equipe, refletindo a evolução das teorias de gerenciamento do tempo.
3- Colaboração e compartilhamento de ideias: Ferramentas como Miro ou Slack fomentam um ambiente colaborativo, aproveitando as inovações em comunicação e colaboração dos últimos anos.
4- Decisões baseadas em dados: Softwares como SAS ou Minitab são fundamentais para tomar decisões informadas, uma abordagem que ganhou força com o advento da era da informação.
5- Desenvolvimento contínuo e inovação: Plataformas de aprendizagem são vitais para o desenvolvimento contínuo, algo que se tornou essencial na era do conhecimento.
Conclusão: conhecimento e tecnologia como pilares da produtividade
A produtividade moderna é um mosaico, onde cada peça representa um avanço histórico ou tecnológico. Para estagiários, analistas ou gerentes, entender essa evolução é crucial. Conhecendo as raízes históricas e aproveitando as ferramentas tecnológicas disponíveis, qualquer profissional pode aumentar significativamente sua produtividade.
Em linha com a nossa filosofia, reiteramos que o conhecimento, aliado às ferramentas certas, é o motor de uma carreira produtiva e bem-sucedida.
Virgilio Marques dos Santos é um dos fundadores da FM2S, doutor, mestre e graduado em Engenharia Mecânica pela Unicamp e Master Black Belt pela mesma Universidade. Foi professor dos cursos de Black Belt, Green Belt e especialização em Gestão e Estratégia de Empresas da Unicamp, assim como de outras universidades e cursos de pós-graduação. Atuou como gerente de processos e melhoria em empresa de bebidas e foi um dos idealizadores do Desafio Unicamp de Inovação Tecnológica*
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