por Edina Araújo*
A população várzea-grandense enfrenta um cenário de descaso evidente com a avenida da Feb e suas obras inacabadas que se arrastam desde 2012, sem previsão de conclusão, e, tampouco transparência sobre a execução.
A situação é alarmante, com poucos funcionários em ação, executando trechos que, posteriormente, são deixados pela metade. A impressão que perdura é a de um projeto desorganizado, onde a falta de planejamento é gritante.
A população, que aguarda há mais de 11 anos por melhorias na avenida, se vê desapontada diante do desenrolar caótico das obras. Fragmentos de estrutura são erguidos apenas para serem desfeitos posteriormente, gerando um ciclo vicioso de ineficiência e desperdício de recursos. A falta de transparência sobre o projeto e a ausência de um cronograma claro ampliam a incerteza e a frustração dos cidadãos.
A pergunta que ecoa entre os moradores é: até quando essa via vital permanecerá em estado de abandono? A ausência de respostas concretas contribui para uma sensação de desamparo, como se as autoridades estivessem alheias às demandas da população. A avenida da Feb, longe de ser um símbolo de progresso, tornou-se um monumento à negligência governamental.
O governador do Estado, Mauro Mendes (União Brasil), que prometeu concluir as obras - continua se digladiando com o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), numa queda de braço sem fim, com picuinhas ridículas, ao invés de focar na conclusão da Feb, que mais parece um cemitério abandonado do que um canteiro de obras. Sem previsão de concluir as obras da Feb, o governador do Estado queria começar, quase no final de 2023, obras na avenida Couto Magalhães, se não fosse barrado pelo prefeito de Várzea Grande, seria o fim para o comércio local.
O papel dos órgãos fiscalizadores, que deveriam zelar pela qualidade e execução das obras, é questionado diante do quadro alarmante. A aparente falta de ação por parte dessas entidades levanta dúvidas sobre sua eficácia e comprometimento com o bem-estar da população. É imperativo que tais órgãos assumam seu papel de forma proativa, exigindo prestação de contas e transparência por parte do governo estadual.
A avenida da Feb, hoje, é mais do que uma obra inacabada; é um retrato do descaso governamental que afeta diretamente a vida dos cidadãos. A indignação cresce, e a sociedade exige respostas. Enquanto as autoridades permanecerem inerte, a vergonha persistirá, e a confiança dos cidadãos será continuamente abalada. O momento é de cobrança e fiscalização, pois a população merece mais do que promessas vazias e obras inacabadas.
*Edina Araújo, jornalista e diretora do VGNOTICIAS
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