14 de Maio de 2025
14 de Maio de 2025

Editorias

icon-weather
14 de Maio de 2025
lupa
fechar
logo

VGNJUR Terça-feira, 29 de Outubro de 2019, 14:36 - A | A

Terça-feira, 29 de Outubro de 2019, 14h:36 - A | A

CAREAÇÃO

Força Tarefa da Grampolândia põe coronéis frente a frente

Rojane Marta & Edina Araújo/VG Notícias

VGNotícias

zaqueu

 Zaqueu aguarda acareação

Os coronéis da Polícia Militar de Mato Grosso: Zaqueu Barbosa, Evandro Lesco e Airton Siqueira passam pela primeira acareação nesta terça-feira (29.10), convocada pela Força Tarefa da Polícia Civil, no caso dos grampos ilegais, que apura a participação dos militares no esquema. A Força Tarefa é comandada pelas delegadas Ana Cristina Feldner e Jannira Laranjeira.

Lesco, Zaqueu, o coronel Ronelson Jorge de Barros, tenente coronel Januário Edwirges Batista e o cabo da Polícia Militar Gerson Luiz Ferreira Correa Júnior são investigados em Inquérito Policial Militar (IPM) - deflagrado para investigar, exclusivamente, crimes militares. Segundo levantado pelo IPM, o Zaqueu Barbosa, em meados de setembro de 2014, quando exercia função de subchefe do Estado-Maior Geral da PMMT, decidiu estruturar um escritório que ficou denominado "Núcleo de Inteligência". A denúncia aponta que partiu dele a ideia da criação e, também, função de arregimentar os operadores do plano.

Os militares já estão no local para depoimento e ficaram surpreendidos ao se encontrarem. Ao oticias, Zaqueu informou que foi ao interrogatório sem advogado, diferente dos demais: Lesco e Ziqueira. As defesas dos dois coronéis informaram que não podiam dar detalhes, pois o inquérito tramita em sigilo.

Eles estão sendo ouvido neste momento (14h34min). A imprensa não poderá acompanhar a acareação.

Atualizada às 14h57 - O advogado Nilson Portela, que faz a defesa de Lesco, foi o primeiro a descer após o interrogatório.

Atualizada às 15h10min - A audiência para careação dos investigados foi suspensa devido o coronel Zaqueu ter comparecido sem advogado.

Entenda – Segundo inquérito, em virtude de sua experiência no GAECO, por conhecer diversos policiais militares com habilidades no assunto de inteligência e, em especial, em interceptação telefônica, Zaqueu requereu ao então tenente coronel da PM Evandro Alexandre Ferraz Lesco época, diretor de Inteligência do GAECO apresentação do cabo Gerson, com propósito de estruturar tal "Núcleo de Inteligência".

Consta dos autos, ainda, que parte operacional ficou cargo do cabo Gerson, que teria acionado o cabo da PM Euclides Torezan para verificar viabilidade técnica de funcionamento das placas entregues pelo coronel Zaqueu, que, segundo custos apresentados pela Empresa Wytron, montaria importância de R$ 12 mil.

Não há, contudo, informação de quem foi responsável pelo investimento para implantação do projeto. De acordo com que foi apurado, cabo Gerson instalou equipamento assessorado pelo cabo Euclides Torezan, passou praticamente todo mês de setembro ouvindo diversas conversas, em uma sala comercial alugada no Edifício Master Center. Após, cabo Gerson apresentava os resultados do seu trabalho, por meio de relatórios, ao coronel Zaqueu. Em outubro daquele ano, cabo Gerson se dirigiu ao coronel Zaqueu e solicitou reforço, porque não tinha condições de ouvir todos os áudios. “Tantas já eram as interceptações telefônicas clandestinas, que um só homem não podia mais realizá-las”.

Por esta razão, a sargento da PM Andrea Pereira de Moura Cardoso, que trabalhava no Centro Integrado de Operações Aéreas, foi informada por seu comandante, no caso, então tenete coronel Airton Benedito de Siqueira Júnior, para procurar Zaqueu no Quartel do Comando-Geral da PMMT, pois teria um serviço para ela na atividade de inteligência. Apesar de não denunciado pela prática dos crimes militares, há indícios da participação de Siqueira na organização criminosa.

Há nos autos, ainda, indícios de que o coronel Siqueira Júnior não apenas sabia da existência do inventado Núcleo de Inteligência da Polícia Militar, como dele participou com cessão da sargento Andrea. Esse fato tem indicação nas palavras da própria Sargento Andrea, ao revelar que, sendo recrutada para Núcleo de Inteligência ainda no ano de 2014, nele permaneceu até novembro de 2015, quando recebeu uma ligação de Gerson este disse para ela se apresentar na Casa Militar, quando foi dispensada por Siqueira de trabalhar no escritório clandestino.

 

Siga a página do VGNotícias no Facebook e fique atualizado sobre as notícias em primeira mão (CLIQUE AQUI).

Entre no grupo do VGNotícias no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).   

Comente esta notícia

RUA CARLOS CASTILHO, Nº 50 - SALA 01 - JD. IMPERADOR
CEP: 78125-760 - Várzea Grande / MT

(65) 3029-5760
(65) 99957-5760