Um ataque a tiros em uma escola de ensino médio na cidade de Graz, no sudeste da Áustria, deixou 10 mortos e diversos feridos na manhã desta terça-feira (10.06). Entre as vítimas estão estudantes e adultos. O autor dos disparos, um ex-aluno da instituição, morreu no local, segundo informações da polícia local e da mídia austríaca.
O tiroteio ocorreu por volta das 10h, no horário local (5h em Brasília), na escola Borg Dreierschützengasse. A polícia estadual de Estíria informou que a situação foi controlada após a chegada de unidades especiais, helicópteros e viaturas. Os estudantes foram levados a um ponto de encontro com os pais.
De acordo com o jornal Salzburger Nachrichten, o autor do ataque, de 22 anos, teria usado uma pistola e uma espingarda adquiridas legalmente. Ele teria disparado contra colegas de sua antiga turma antes de tirar a própria vida.
A prefeita de Graz, Elke Kahr, classificou o episódio como uma “tragédia horrível”. O presidente da Áustria, Alexander Van der Bellen, falou em um “horror que atinge o coração do país”. O chanceler Christian Stocker descreveu o caso como uma “tragédia nacional”.
O Ministério do Interior confirmou a ocorrência e informou que o ministro Gerhard Karner viajará para Graz ainda hoje. A polícia criminal abriu investigação para esclarecer a motivação do crime, considerada ainda desconhecida.
A emissora pública ORF relatou que há diversos feridos em estado grave. O jornal Kronen Zeitung apontou ao menos dez feridos, entre professores e alunos. A escola foi evacuada e cercada por forças de segurança.
A Áustria tem uma das maiores taxas de armas de fogo em posse da população civil na Europa — cerca de 30 para cada 100 habitantes, segundo o instituto Small Arms Survey. A legislação do país proíbe metralhadoras e espingardas de ação por bombeamento, mas permite a posse de pistolas e rifles mediante licença.
Casos anteriores de violência armada no país incluem o ataque jihadista em Viena, em 2020, que deixou quatro mortos e 22 feridos, e o caso de 1997, quando um homem matou seis pessoas em Mauterndorf antes de cometer suicídio.
A ministra das Relações Exteriores, Beate Meinl-Reisinger, lamentou o episódio em rede social, descrevendo-o como um “massacre”. Em outra publicação, ela afirmou: “Como mãe de três filhos, isso parte meu coração.”
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