A produção mundial de algodão deve cair na safra 2025/26. A estimativa, divulgada pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), projeta 25,47 milhões de toneladas, recuo de 0,70% ante maio e de 2,45% na comparação com o ciclo anterior.
O corte foi puxado, sobretudo, por quedas na produção da Índia (4,08%) e do Paquistão (5,45%). Mesmo com o consumo também em retração — queda de 0,27%, para 25,64 milhões de toneladas — a demanda segue acima da oferta, o que levou a um recuo de 2,01% nos estoques finais, estimados agora em 16,72 milhões de toneladas.
No Brasil, a colheita já começou. Em Mato Grosso, maior produtor nacional, o preço da pluma caiu 0,62% na última semana e foi negociado a R$ 138,10 por arroba. A paridade de exportação para dezembro de 2025 também cedeu, com baixa de 2,24%, sendo cotada a R$ 125,63/@.
O recuo do dólar e da cotação internacional do contrato ICE de dezembro (¢ US$ 67,80/lp) contribuiu para a desvalorização. O câmbio, conforme divuldado pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) nessa segunda-feira (16.06), caiu 1,47% na semana passada.
Além disso, o custo de produção no Estado também diminuiu. O custo total estimado para a safra 2025/26 é de R$ 10.665,60 por hectare, queda de 0,68% em relação a maio. O principal recuo ocorreu nos fertilizantes e corretivos, com redução de 1,5%.
Para cobrir o custo operacional efetivo (R$ 15.297,54/ha), o produtor mato-grossense precisa vender a pluma a pelo menos R$ 125,54/@, considerando produtividade de 122,38 arrobas por hectare.
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