A decisão do ex-presidente dos EUA, Donald Trump, de aplicar uma tarifa extra de 50% sobre produtos agropecuários brasileiros já trouxe impactos para frigoríficos em Mato Grosso do Sul e Goiás.
Em MS, quatro unidades suspenderam temporariamente a produção voltada ao mercado americano. Segundo o secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento, Jaime Verruck, a medida evita acúmulo de estoques e já preocupa o setor. “Os frigoríficos enfrentam dificuldades para redirecionar os embarques”, disse. Ele alertou para possível queda no preço da arroba do boi se o excedente for para o mercado interno.
A carne bovina desossada e congelada representa 45% das exportações de MS. Os EUA, mesmo respondendo por apenas 7% do total, concentram 15% das vendas externas de carne bovina do estado.
Em Goiás, onde 25% da carne exportada vai para os EUA, também houve suspensão de remessas. Segundo a Secretaria de Agricultura, o excesso de produto pode pressionar preços e até o custo de grãos usados na alimentação animal.
O governo goiano busca alternativas, como negociações com o Japão e outros países, para reduzir os prejuízos. A medida de Trump acende alerta no agronegócio brasileiro, que enfrenta desafios logísticos e econômicos com o novo “tarifaço”.
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