A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) divulgou nessa terça-feira (15.07) uma nota em que manifesta preocupação com o cenário político nacional, classificando a atual pauta como “estéril, paralisante e marcada por radicalismos ideológicos e antinacionais”.
Segundo a entidade, enquanto o “Brasil real” busca recuperar a economia, atrair investimentos, abrir mercados e gerar empregos, a política insiste em priorizar disputas que pouco contribuem para o desenvolvimento do país.
A CNA cita como exemplo o impacto da carta enviada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que reacendeu debates internos e gerou novos ruídos na imagem do Brasil no exterior.
“Deveríamos estar consolidando nossa posição como fornecedor estratégico de alimentos, energia limpa e minerais críticos, mas voltamos às manchetes por ‘crises políticas pessoais’”, diz o texto.
A Confederação também aponta responsabilidade do Congresso, do Judiciário e do governo federal. Para a CNA, o Congresso perde tempo em disputas e manobras movidas por pressões de bases políticas, enquanto o Judiciário assume um protagonismo que, embora muitas vezes necessário, alimenta a instabilidade.
“O governo atual é muito culpado também. Em vez de liderar uma agenda pragmática e pacificadora, optou por reabrir feridas políticas, reforçar antagonismos e tratar adversários como inimigos”, critica a nota.
Para o setor produtivo, a consequência é clara: a falta de foco mina a confiança empresarial, a previsibilidade regulatória e a estabilidade institucional - pilares essenciais para o crescimento.
“A economia não pode continuar sendo refém de narrativas políticas que alimentam extremos e paralisam decisões. O Brasil precisa voltar a olhar para frente. E isso exige maturidade de todos os lados”, conclui a Confederação.
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