O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 2,9% no primeiro trimestre de 2025, na comparação com o mesmo período de 2024. Em relação ao último trimestre do ano passado, o avanço foi de 1,4%. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (30.05), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A agropecuária teve alta de 12,2% frente ao trimestre anterior, favorecida por boas condições climáticas e pela base fraca de comparação. Já o setor de serviços, que representa 70% da economia, subiu 0,3% no mesmo intervalo. O desempenho positivo desses segmentos impulsionou o resultado geral.
Com esse resultado, o PIB acumula crescimento de 3,5% nos últimos 12 meses. Em valores correntes, a economia brasileira movimentou R$ 3 trilhões no trimestre, sendo R$ 2,6 trilhões em valor adicionado e R$ 431 bilhões em impostos sobre produtos.
A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, comemorou o resultado em suas redes sociais. Segundo ela, o consumo das famílias aumentou e o setor produtivo mantém confiança para investir.
Entre os países que já divulgaram seus dados, o crescimento do Brasil foi o segundo maior, atrás apenas da Irlanda, com 3,2%, conforme levantamento da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). A China aparece em terceiro, com 1,2%. Estados Unidos e Japão registraram queda no período.
A coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis, explicou que a agropecuária foi beneficiada por uma safra forte de produtos como soja, milho, arroz e fumo, todos com estimativas de crescimento acima de 12% neste ano. Na comparação anual, o setor avançou 10,2%.
A indústria cresceu 2,4% em relação ao mesmo trimestre de 2024. A construção civil teve alta de 3,4% e segue com tendência de recuperação. A indústria de transformação cresceu 2,8%, impulsionada por máquinas, equipamentos, produtos químicos e farmacêuticos.
O setor de eletricidade, gás e saneamento subiu 1,6%, com destaque para o consumo residencial. Já as indústrias extrativas ficaram praticamente estáveis, com leve alta de 0,2%, impactadas pela queda na produção de minério de ferro.
Nos serviços, o maior destaque foi a área de informação e comunicação, com alta de 3% no trimestre e 6,9% em relação ao ano anterior. O segmento se beneficia da maior demanda por internet e soluções digitais. Desde o início da pandemia, a atividade acumula crescimento acima de 38%, segundo o IBGE.
As exportações subiram 2,9% na comparação com o trimestre anterior, enquanto as importações aumentaram 5,9%.
A próxima divulgação do PIB, com dados do segundo trimestre de 2025, está marcada para 2 de setembro.
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