Mato Grosso será oficialmente reconhecido como zona livre de febre aftosa sem vacinação pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). A certificação será entregue no dia 29 de maio, durante a 92ª Assembleia Mundial da entidade, em Paris, com a presença de delegações de mais de 180 países.
O reconhecimento marca o fim de mais de 40 anos de trabalho para erradicar a doença no Estado, que detém o maior rebanho bovino do Brasil, com 33 milhões de cabeças. A última ocorrência de febre aftosa em Mato Grosso foi registrada em 1996. Desde então, campanhas de vacinação, investimentos em vigilância e o esforço conjunto entre setor público e privado garantiram avanços sanitários.
A conquista abre portas para mercados mais exigentes, como Japão e Coreia do Sul, que só compram carne de regiões livres da doença sem vacinação. Em 2023, as exportações de carne bovina de Mato Grosso somaram US$ 2,1 bilhões, com a Ásia como principal destino. A expectativa é de aumento na valorização da carne e na renda de produtores.
Comitiva liderada pelo vice-governador Otaviano Pivetta embarca para a França representando o Estado. Integram o grupo representantes do Governo, Indea, Famato, Acrimat, Acrismat, FESA-MT, Imac e produtores rurais.
Segundo o governador Mauro Mendes, a certificação é uma vitória para o agronegócio mato-grossense e fortalece a imagem do Estado no cenário global. “A certificação mostra que o produtor de Mato Grosso é extremamente competitivo e por isso nosso Estado tem avançado cada vez mais no cenário global. Uma grande vitória para Mato Grosso e para o agronegócio mato-grossense", avalia.
Leia também - Mercadante anuncia duplicação de 454 km da BR-163 em MT, com investimento de R$ 5,9 bilhões