O Brasil registrou o maior volume de exportações de carne bovina in natura já contabilizado para o mês de julho. De acordo com o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), até a quarta semana do mês foram embarcadas 243,90 mil toneladas, com média diária de 12,83 mil toneladas. O volume é 24,46% superior ao do mesmo período de 2024.
A receita acompanhou o crescimento do volume exportado. O preço médio por tonelada subiu 25,77%, atingindo US$ 5.545,51. Com isso, o faturamento total chegou a US$ 1,35 bilhão, o maior valor já registrado para julho, conforme aponta o Boletim nº 858 do Imea, divulgado nessa segunda-feira (28.07).
Segundo o instituto, o desempenho histórico foi impulsionado pela ampliação da base de mercados compradores, que fortaleceu as relações com países já parceiros e abriu caminho para novos destinos. A expectativa é de que esse ritmo se mantenha no segundo semestre, impulsionado pela oferta elevada de animais e demanda internacional aquecida.
No mercado interno, porém, o cenário é de queda nos preços. O bezerro de sete arrobas sofreu desvalorização de 8,08% na última semana e foi cotado a R$ 12,51 o quilo. O boi magro, com 12 arrobas, caiu 7,06%, sendo vendido a R$ 327,79 por arroba. Já o boi gordo a prazo recuou 1,98%, com média de R$ 290,44 por arroba em Mato Grosso.
De acordo com o Imea, a instabilidade nos preços internos é influenciada por incertezas no mercado norte-americano, um dos principais destinos da carne brasileira. O relatório aponta que, no período analisado, os Estados Unidos consumiram 996 mil toneladas a mais do que produziram, o que os torna dependentes de importações. Nesse cenário, o Brasil aparece como fornecedor estratégico, com saldo positivo de 3,69 milhões de toneladas entre produção e consumo, o maior entre os países exportadores.
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