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VGN AGRO Sexta-feira, 01 de Agosto de 2025, 11:56 - A | A

Sexta-feira, 01 de Agosto de 2025, 11h:56 - A | A

após decreto

CNA e entidades dos EUA discutem prejuízos ao agro com tarifa de Trump

Frutas, mel e carne bovina ficaram de fora das exceções e serão afetados por nova taxação

Isadora Sousa/VGNAgro

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) realizou reuniões com representantes da Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham Brasil) e da Câmara de Comércio dos Estados Unidos para discutir os impactos das novas tarifas impostas pelo presidente Donald Trump (Republicanos) sobre produtos brasileiros.

Os encontros, realizados na quarta (30.07) e quinta-feira (31), abordaram os prejuízos causados à competitividade e às cadeias produtivas brasileiras.

O presidente da CNA, João Martins, destacou que a nova tarifa afeta principalmente itens que ficaram de fora da lista de exceções, como frutas, mel e pescados — setores compostos majoritariamente por pequenos produtores rurais.

Na reunião de quarta-feira com o CEO da Amcham Brasil, Abrão Neto, foi apontado que a medida pode afastar investimentos estrangeiros e gerar efeitos negativos para outros segmentos da economia. As entidades se comprometeram a buscar uma solução negociada.

Na quinta-feira, Martins conversou com John Murphy, vice-presidente sênior e chefe da Divisão Internacional da Câmara de Comércio dos EUA. Murphy afirmou que a entidade busca reduzir barreiras comerciais que possam comprometer o fluxo bilateral e provocar prejuízos econômicos de longo prazo.

As reuniões ocorreram após Trump assinar, na quarta-feira (30.07), um decreto que impõe uma sobretaxa de 40% sobre diversos produtos importados do Brasil, elevando para 50% a taxação total. A medida entra em vigor na próxima quarta-feira (06.08).

Apesar da nova taxa de importação, 694 produtos — como suco de laranja, fertilizantes, minérios e aeronaves civis — foram excluídos da nova tarifa, itens relevantes do agro, como carnes, frutas, café, açúcares e melaços, serão atingidos.

A CNA informou que enviará à Câmara de Comércio dos EUA dados técnicos sobre os produtos afetados, com foco nas cadeias que também integram o mercado norte-americano e foram deixadas de fora da lista de exceções. Segundo a diretora de Relações Internacionais da CNA, Sueme Mori, a entidade também atuará na defesa do setor agropecuário no processo aberto pelos EUA contra o Brasil com base na Seção 301 da Lei de Comércio de 1974, norma que autoriza sanções unilaterais em casos de práticas comerciais consideradas desleais.

*Com informações da CNA

Leia também: Exportações de carne bovina rendem US$ 1,35 bilhão em julho

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