A decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Republicano), de impor uma tarifa adicional de 40% sobre produtos brasileiros, formalizada nessa quarta-feira (30.07), atinge diretamente cinco dos seis principais itens exportados por Mato Grosso ao mercado norte-americano.
Segundo a Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), a medida deve provocar impactos imediatos na economia estadual. Produtos como carne bovina, gelatina, gordura animal (sebo), soja e madeira perfilada — que compõem uma parcela significativa da pauta exportadora — estão entre os atingidos.
Atualmente, Mato Grosso exporta 54 produtos aos Estados Unidos. Com a nova política tarifária, 41 desses itens foram incluídos na taxação adicional, o que representa 76% do total. Ainda assim, os cinco produtos mencionados concentram 98% do valor exportado ao país, o que deve afetar diretamente a economia do Estado. Apenas o ouro, entre os principais produtos enviados aos EUA, ficou fora da taxação.
Em 2024, as exportações de Mato Grosso aos Estados Unidos somaram US$ 415 milhões, sendo que os produtos agora tarifados responderam por US$ 266 milhões — ou seja, 65% do total negociado.
Apesar disso, Mato Grosso é o segundo estado menos afetado pela medida, já que apenas 1,5% das exportações estaduais têm como destino os EUA. A China permanece como o principal parceiro comercial do estado, responsável por 45,9% das exportações.
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A medida americana, que passa a valer em 06.08, traz uma lista de exceções, como suco de laranja, aeronaves civis, ouro, petróleo, veículos e peças, fertilizantes e produtos energéticos.
Em nota, a Casa Branca afirmou que o decreto foi adotado como resposta a ações do governo brasileiro que, segundo os norte-americanos, representam uma “ameaça incomum e extraordinária à segurança nacional, à política externa e à economia dos EUA”.
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