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VGN AGRO Sábado, 02 de Agosto de 2025, 11:17 - A | A

Sábado, 02 de Agosto de 2025, 11h:17 - A | A

após tarifaço

Com 50% de tarifa dos EUA, setor frigorífico de MT reage e pede cautela ao governo brasileiro

Sindifrigo-MT alerta para prejuízos da tarifa de 50% dos EUA sobre a carne brasileira e pede atuação diplomática

Isadora Sousa/VGNAgro

O Sindicato das Indústrias Frigoríficas de Mato Grosso (Sindifrigo-MT) manifestou preocupação com os impactos da tarifa de 50% imposta à carne brasileira, anunciada na quarta-feira (30.07) por autoridades dos Estados Unidos. Em nota oficial publicada na sexta-feira (01.08), o presidente da entidade, Paulo Bellincanta, afirmou que o setor acompanha o cenário com atenção e defendeu que a crise comercial seja tratada com prioridade pela diplomacia brasileira, evitando decisões ideológicas ou reações precipitadas.

“A carne é um alimento essencial, mas também um produto de alto valor agregado, devido à complexidade do seu processo produtivo. O setor, da porteira ao frigorífico, tem operado com margens extremamente apertadas, sem espaço para grandes oscilações de preço”, declarou Bellincanta.

Segundo ele, em um mercado globalizado, os preços são regulados pela concorrência, sendo os custos logísticos e tributários os principais fatores que impactam o valor final. Medidas unilaterais, como a imposição de tarifas generalizadas sem análise específica por produto, são consideradas pela entidade como erros graves de política pública. “São capazes de causar danos tão sérios quanto os provocados por desastres naturais”, alertou.

Bellincanta também traçou um paralelo com conflitos armados, afirmando que “errar em uma guerra é permitir que o míssil estoure dentro da própria trincheira”. O presidente do sindicato pediu cautela nas ações do governo brasileiro, inclusive no que diz respeito a eventuais medidas de retaliação.

A entidade defende que a solução do impasse passe por negociações diplomáticas transparentes, com a participação ativa do setor produtivo. “Sob pressão, recebemos uma taxação injusta e desleal. Não será com um decreto de reciprocidade que resolveremos isso, ainda que ele possa compor a estratégia de negociação”, ponderou.

O comunicado conclui com um apelo para que a condução da crise seja atribuída ao Itamaraty, com escuta ativa dos empresários do setor. “Passem a bola à diplomacia e aos empresários, e ao final evitaremos muitos mísseis estourando em nossas cabeças ou nossos pés”, finalizou Bellincanta.

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