As exportações brasileiras de café solúvel alcançaram 1,944 milhão de sacas de 60 kg no primeiro semestre de 2025, registrando um crescimento de 1,3% em relação ao mesmo período do ano passado. Em termos de receita cambial, o desempenho foi ainda mais expressivo: US$ 586,9 milhões, alta de 45,2% no comparativo anual. Os dados constam no relatório estatístico da Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel (Abics).
Entre os 81 países compradores no período, os Estados Unidos lideraram as importações, adquirindo o equivalente a 361.088 sacas. Na sequência aparecem: Argentina (193.298 sacas), Rússia (138.492), Indonésia (75.140) e Peru (74.069).
Apesar do bom desempenho no semestre, preocupa o anúncio feito por Trump em 9 de julho, que prevê uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros importados pelos EUA a partir de 1º de agosto. Atualmente, os norte-americanos respondem por 19% das exportações brasileiras de café solúvel, tanto em volume quanto em receita. Por sua vez, o Brasil é o segundo maior fornecedor do produto para os EUA, com 24% do mercado, ficando atrás apenas do México, que não sofrerá tarifas.
O consumo doméstico também registrou avanço. Segundo a Abics, os brasileiros consumiram 11,09 mil toneladas de café solúvel no primeiro semestre de 2025, equivalentes a 480.578 sacas, alta de 4,2% em relação ao mesmo período de 2024.
Entre os tipos de produto, o freeze dried (liofilizado) cresceu 18,7%, atingindo 1,557 mil toneladas, enquanto o spray dried (em pó) teve aumento de 2,5%, chegando a 11,09 mil toneladas. As importações de café solúvel também subiram 23% no período.
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