A Associação dos Produtores e Exportadores de Hortigranjeiros e Derivados do Vale do São Francisco (Valexport) emitiu um alerta na quarta-feira (16.07) sobre o impacto da taxação de 50% nas exportações brasileiras para os Estados Unidos. A entidade afirma que a medida pode causar “efeitos devastadores” aos produtores do Nordeste.
Conforme a associação, a fruticultura irrigada do Vale do São Francisco movimenta cerca de US$ 500 milhões por ano em exportações e gera aproximadamente 250 mil empregos diretos e 950 mil indiretos.
Em carta endereçada aos governos do Brasil e dos EUA, além de ministérios, embaixadas e órgãos de comércio exterior, a Valexport pediu urgência no restabelecimento do diálogo diplomático e técnico entre os países.
“É imperativo encontrar uma solução que permita a manutenção do fluxo de exportações, a preservação dos empregos e o respeito ao esforço de milhares de famílias e empresas comprometidas com a produção sustentável de alimentos”, destacou o presidente da entidade, José Gualberto de Almeida, no documento.
A associação alerta ainda que a imposição da tarifa inviabiliza totalmente a logística e as operações comerciais com os Estados Unidos, o que pode levar à paralisação das atividades na região.
“O resultado será uma queda brusca nos preços, o colapso da rentabilidade do setor e, de forma alarmante, o desemprego em massa no Vale do São Francisco. Contamos com o bom senso, a responsabilidade institucional e o espírito de cooperação que sempre marcaram as relações entre nossos países”, conclui a carta.
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