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Estudo brasileiro testa três vacinas contra gripe aviária e indica fórmula mais eficaz

Estudo aponta que imunização eficaz exige duas doses e uso de adjuvante

Isadora Sousa/VGN

O avanço global da gripe aviária (H5N1) preocupa autoridades de saúde e reacende debates sobre a preparação para uma possível pandemia. Um estudo do Instituto Butantan, em parceria com universidades paulistas e publicado na revista Vaccines, testou três vacinas candidatas contra o vírus e concluiu que a aplicação mais eficaz deve ser feita em duas doses, com adjuvante.

O H5N1, especialmente na variante clade 2.3.4.4b, hoje circula entre aves e mamíferos em diversos continentes. Há registros de casos humanos após contato com aves ou gado leiteiro infectado. O vírus já foi detectado na América do Sul e, no Brasil, isolamentos ocorreram até em aves silvestres. Embora a transmissão entre pessoas ainda não tenha sido confirmada, especialistas alertam para a alta capacidade de adaptação e disseminação do patógeno.

Os pesquisadores testaram vacinas produzidas em escala industrial pelo método tradicional em ovos, a partir de três cepas: A/Astrakhan/3212/2020 (H5N8) – clade 2.3.4.4b, predominante no mundo e foco principal contra a atual gripe aviária; A/duck/Vietnam/NCVD-1584/2012 (H5N1) – clade 2.3.2.1c, associada a maior letalidade em humanos; A/Anhui/1/2005 (H5N1) – clade 2.3.4, mais distante geneticamente, mas próxima de vacinas já licenciadas.

As fórmulas foram testadas em ratos, com diferentes doses, com e sem o adjuvante IB160 — emulsão óleo-em-água à base de esqualeno. O desempenho foi melhor quando a cepa vacinal correspondia à que circula no momento. A resposta imune mais robusta veio com duas doses associadas ao adjuvante, mesmo usando menor quantidade de antígeno. A combinação com a cepa Astrakhan neutralizou um vírus H5N1 detectado no Brasil, da clade 2.3.4.4b.

Para os autores, os resultados reforçam a importância de atualizar vacinas conforme as variantes em circulação. A capacidade de produção no Brasil amplia a resposta rápida em caso de pandemia, especialmente na América do Sul, e pode ser potencializada por novas tecnologias, como vacinas de RNA e cultivo celular.

No cenário atual, a recomendação é utilizar a cepa Astrakhan com adjuvante, em duas doses, para maior proteção.

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