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Variedades Domingo, 08 de Outubro de 2017, 13:49 - A | A

Domingo, 08 de Outubro de 2017, 13h:49 - A | A

Entretenimento

“Não vou me prostituir”, diz ator Thiago Martins sobre a fama a qualquer custo

Carol Marques/Extra Globo

Barbara Lopes/ Agência O Globo

Thiago Martins

“Não vou me prostituir”, diz ator Thiago Martins sobre a fama a qualquer custo

Criado no Morro do Vidigal, na Zona Sul do Rio, Thiago Martins sentiu na pele a mesma apreensão que tem tomado conta dos moradores da Rocinha há algumas semanas. O irmão mais velho do ator foi vítima de uma bala perdida saída da arma de um policial militar durante uma incursão na comunidade, no início dos anos 2000. A família ainda briga pela indenização do Estado, o irmão está vivo, mas sair de onde morava virou uma meta para o menino, que ainda dava os primeiros passos na carreira artística.

Passados mais de 10 anos, Thiago conseguiu comprar sua casa no Itanhangá e um apartamento para a mãe na Barra da Tijuca, ambos na Zona Oeste da cidade. Na pele do primeiro protagonista, um anti-herói em “Pega pega”, o ator diz que quer passar longe do deslumbramento da profissão. Não faz publipost, não obedece a regras para ter mais seguidores nas redes sociais e não posa de galã. “Não sou uma celebridade, tento ao máximo escapar disso e não vou me prostituir”, avisa ele.

A frase não é apenas de efeito. Thiago gosta de viver longe do glamour que a profissão sugere. Aos 29 anos, tem feito descobertas. Ou redescobertas. Como a vida de solteiro após cinco anos de namoro com Paloma Bernardi. “Ainda não tive tempo de elaborar o que é estar solteiro. Gravo muito de segunda a sábado, e este personagem me absorve como nenhum outro. Fiz papéis de garotões cariocas, algo muito próximo do meu mundo. O Júlio é o oposto. E me exige muito fisicamente e mentalmente”, explica ele.

Sobre o fim do namoro, Thiago explica que ele e Paloma estavam em momentos diferentes. “Paloma talvez seja uma das melhores mulheres que já tive. Nosso término foi de uma forma madura, não teve nada que comprometesse o que a gente construiu. Vou tê-la dentro do meu coração para sempre e ninguém tem o direito de falar algo sobre ela. Porque a Paloma é íntegra, honesta além de linda. Me ensinou muito o sentido de família”.

Não que este sentido ele já não conhecesse. Criado pela mãe, abandonado pelo pai ainda bebê, Thiago não tem uma história muito diferente dos garotos de sua origem. Maria Lúcia era empregada doméstica na casa de Gisela e Ricardo Amaral, no Leblon. “Eu transitava entre estes dois mundos, fui criado no quartinho de empregada, na área de serviço. Dona Gisela e seu Ricardo eram excelentes patrões”, recorda Thiago, que ainda na infância defendia um troco para comer hambúrguer: “Quando eu passeava com o cachorro, dona Gisela me dava um dinheiro.

Hoje ele pode se dar ao luxo de comer um big qualquer coisa na Times Square, em Nova York. Pode morar sozinho numa casa grande e confortável, com piscina e churrasqueira, ajeitada por um arquiteto e cuidada pelo primo Cheiroso. Ele mesmo está dando os primeiros passos rumo à gastronomia. “Comprei uns livros de receita, vejo muita coisa na internet, mas demoro para fazer, viu? Um macarrão leva cinco horas”, exagera.

É no local que ele reúne amigos para a música e a cerveja. Se o foco ele puxou da mãe, o gosto boêmio veio do pai, de quem se aproximou na adolescência. “Meu pai gostava de festa, de biritar, de comer bem. Tenho tudo isso dele”, diz. O pai morreu há pouco tempo e foi a primeira perda na vida de Thiago. “Tive que lidar com as coisas burocráticas da morte e isso mexe com a gente”, reflete: “Eu queria que ele tivesse tido mais tempo para ver minhas conquistas”.

A próxima está centralizada na música. Thiago não sabe se é um ator que canta ou um cantor que atua. Prefere misturar tudo e não viver longe da arte. Ele acaba de lançar um EP, “No balanço do TG”, e já sabe o que vai fazer em 2018: “A novela acaba no início de janeiro, faço uma agenda de shows até o carnaval e depois vou fazer uma viagem à Europa com os amigos e tentar ficar o ano vivendo de música”.

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