Em meio ao turbilhão de demandas urbanas, sociais e econômicas que atravessam o Rio de Janeiro, a Câmara Municipal aprovou nesSa quarta-feira (08.05), em segunda discussão, o Projeto de Lei nº 1892/2023, que institui no calendário oficial da cidade o “Dia da Cegonha Reborn”, a ser celebrado anualmente em 4 de setembro. O texto, que agora segue para sanção do prefeito Eduardo Paes (PSD).
De autoria do vereador Vitor Hugo (MDB), o projeto homenageia mulheres artesãs que produzem bonecas reborn — réplicas extremamente realistas de recém-nascidos — utilizadas tanto como peças artísticas quanto como ferramentas terapêuticas por pessoas que enfrentaram luto, infertilidade ou depressão. As produtoras dessas bonecas são conhecidas como “cegonhas reborn”.
Segundo Vitor Hugo, a proposta surgiu após ser procurado por um grupo de mulheres que compartilhou histórias marcadas por perdas pessoais e recuperação emocional por meio da confecção dessas bonecas. “São senhoras que começaram a montar essas bonecas como tratamento terapêutico. Hoje, estão praticamente curadas e vivem disso. Elas merecem reconhecimento”, afirmou o vereador.
O projeto, no entanto, atraiu críticas nas redes sociais e foi tratado com ironia por parte do público. Vitor Hugo rebateu os ataques: “Estão fazendo chacota porque não conhecem a realidade dessas mulheres. Esse projeto não cria feriado, não altera nada na rotina da cidade. É uma homenagem, como tantas outras que esta Casa já aprovou”.
O projeto justifica a escolha do dia 4 de setembro com base em um encontro realizado em 2022 por mulheres da Instituição Cegonha Reborn, na Estrada do Portela, em Madureira. O grupo reivindica a data como um marco de visibilidade e valorização de sua atividade. (Com o Globo)
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