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Variedades Quinta-feira, 08 de Maio de 2025, 10:16 - A | A

Quinta-feira, 08 de Maio de 2025, 10h:16 - A | A

Kosmos 482

Satélite da era soviética deve cair na Terra após mais de 50 anos em órbita

A cápsula de pouso deve reentrar na atmosfera do planeta ainda nesta semana

Redação/VGN

Um artefato espacial lançado durante a Guerra Fria está prestes a retornar à Terra. Trata-se da Kosmos 482, parte de uma missão soviética fracassada a Vênus em 1972, que nunca deixou a órbita terrestre. Mais de meio século depois, uma das partes dessa antiga nave espacial — a cápsula de pouso — deve reentrar na atmosfera do planeta ainda nesta semana, segundo estimativas da NASA.

Embora a trajetória exata da cápsula não seja conhecida, os especialistas indicam que ela pode cair em qualquer ponto entre as latitudes 51,7° norte e sul — uma faixa que abrange a maior parte das regiões habitadas do globo, de Londres ao extremo sul da América do Sul. Ainda assim, o risco de impacto em áreas povoadas é considerado muito baixo, principalmente porque cerca de 70% da superfície terrestre é coberta por oceanos.

O objeto em questão é uma esfera metálica de cerca de um metro de largura, pesando quase meia tonelada. Originalmente projetada para suportar o calor e a pressão da atmosfera de Vênus, a cápsula foi construída com materiais altamente resistentes e equipada com um escudo térmico robusto. Isso significa que, mesmo após décadas em órbita, há chance de que ela sobreviva parcialmente à reentrada.

O sistema de paraquedas, que deveria amortecer a descida na atmosfera venusiana, está provavelmente inutilizado após mais de 50 anos no espaço. Dessa forma, a reentrada será descontrolada, e não há previsão precisa sobre onde ou quando a cápsula tocará o solo.

Apesar do tom de suspense, especialistas reforçam que episódios como esse são relativamente comuns. “A reentrada de objetos feitos pelo homem na atmosfera da Terra ocorre com bastante frequência”, afirma Stijn Lemmens, analista sênior de mitigação de detritos espaciais da Agência Espacial Europeia (ESA). Segundo ele, eventos envolvendo pedaços grandes de espaçonaves acontecem semanalmente — e menores, quase todos os dias.

Casos recentes ilustram o fenômeno: em 2022, o foguete chinês Longa Marcha 5B caiu sobre o Oceano Índico; em 2018, a estação espacial Tiangong-1 se desintegrou no céu acima do Pacífico. A maioria dos detritos espaciais que reentram na Terra se desintegra antes de atingir o solo — mas a cápsula soviética é uma exceção, devido à sua robustez.

A Kosmos 482 é atualmente monitorada por agências espaciais internacionais. Para especialistas como Lemmens, o episódio reforça a necessidade de desenvolver tecnologias que permitam o retorno controlado de objetos ao fim da vida útil no espaço, evitando riscos desnecessários à população e ao meio ambiente.

“É muito mais fácil ganhar na loteria do que ser impactado por este pedaço de lixo espacial”, compara Lemmens.(Fonte: BBC News)

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