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Política Segunda-feira, 06 de Abril de 2020, 13:43 - A | A

Segunda-feira, 06 de Abril de 2020, 13h:43 - A | A

Racha no ninho tucano

Vereador expõe pressão, dívidas, compromissos não honrados e situação caótica do PSDB em Cuiabá

Rojane Marta/VG Notícias

O presidente do Diretório Municipal do PSDB de Cuiabá, vereador Ricardo Saad, em carta aberta enviada à imprensa, nesta segunda (06.04), expõe a pressão que vêm sofrendo para deixar a sigla, após buscar apoio do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), dívidas deixadas por ex-dirigentes, compromissos firmados pelos deputados eleitos pela sigla: Wilson Santos e Carlos Avallone, mas não honrados, e a situação caótica do partido em conseguir novos filiados.

Segundo Saad desde o final de semana ele vem sendo “muito criticado por membros do PSDB”, que estariam apontando o dedo para ele “como presidente da Executiva Municipal, mas, se quer, moveram uma palha para ajudar a legenda a se organizar para a eleição de outubro deste ano”.

“Há correligionários, inclusive, que nunca se manifestaram em prol do partido, que estavam trabalhando para vereadores de oposição, mas que hoje, se vêem no direito de nos criticar sem procurar saber o que, de fato, está acontecendo” disse.

Ao falar, segundo ele “do PSDB sem paixão”, Saad apontou que desde o ano passado, trabalha incansavelmente buscando novos filiados, a fim de fortalecer o partido e montar uma chapa de candidatos a vereador consistente. “Poucos, diga-se ninguém, aceitou encarar essa empreitada conosco, e mesmo assim não abaixamos a cabeça, não desistimos”.

Sobre a decisão da executiva estadual, em tentar colocar Carlos Nigro como pretenso pré-candidato ao Palácio Alencastro, ele afirma que em nenhum momento barrou ou manifestou contrário ao projeto, e que ficou esperando uma posição mais efetiva quanto a este fato, principalmente no que se refere à formação da chapa proporcional.

“Acreditávamos e esperamos, que a Estadual e o pretenso candidato a prefeito nós auxiliasse na organização da chapa para que pudéssemos encarar a eleição deste ano, mas isso não aconteceu. Mesmo assim, mais uma vez, nós vereadores fomos em busca de pré-candidatos, mas ninguém quis vir para o partido com receio de imposições da Estadual” desaba.

Saad argumenta ainda, que vem sofrendo pressão para deixar a Presidência, mas que quando colocou seu nome para presidência do PSDB Municipal, todos sabiam que o mandato seria de dois anos. “Eu fui eleito com o referendo de todos os filiados e vou permanecer até o final”, avisa.

De acordo com ele, ao assumir o PSDB de Cuiabá encontrou o partido totalmente endividado. “Somente da eleição de 2016, quando o deputado estadual Wilson Santos foi candidato a prefeito de Cuiabá, há uma dívida de aproximadamente R$ 4 milhões. Além disso, há inúmeras dívidas trabalhistas de praticamente todos os presidentes que por aqui passaram. Diante deste cenário, a primeira atitude que tomei como presidente da municipal foi tentar acabar com as causas dessas dívidas que estavam afundando o partido”, revela ao informar que fez a rescisão de funcionários, honrando com todos os direitos trabalhistas, e interpelou judicialmente todos os responsáveis pelos débitos deixados, seja ele de qualquer natureza.

“Desde que assumi o municipal em abril do ano passado, nunca recebi um real da Estadual. Os seus dirigentes (Carlos Avalone e Paulo Borges) fizeram apenas promessas. Os dois deputados estaduais do partido (Wilson Santos e Avalone) se comprometeram a nos ajudar mensalmente. A promessa, inclusive, consta em ata de uma reunião da Executiva Estadual realizada no ano passado, mas até agora não recebemos nenhuma colaboração, apenas críticas”.

Quanto ao rumo do PSDB para a eleição deste ano, Saad diz que ele e o vereador Renivaldo Nascimento fazem parte da base do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) há mais de três anos e por isso, “seria natural o apoiar em um eventual projeto de reeleição, uma vez que também facilitaria a composição da chapa para a disputa proporcional”.

Apesar disso, complementa: “com o intuito de unificar e fortalecer o partido aceitamos e apoiamos a pré-candidatura do Nigro a Prefeitura de Cuiabá”.

Porém, Saad lembra que o deputado Wilson Santos migrou para base do governador Mauro Mendes (DEM), do qual ele era opositor ferrenho e que, segundo ele, “isso apenas demonstra que, o parlamentar, que é vice-presidente da Municipal, nada vez para nos ajudar. Além do que, o seu irmão Elias Santos se filiou ao DEM para disputar a eleição a vereador”.

Ao final, conclui: “Resultado: Nós vereadores ficamos isolados com a dura missão de estruturar o partido na Capital para disputar a eleição. Desta forma, o que nos restou a fazer? Aceitar a ajuda de quem estava disposto a nos ajudar, o prefeito! Na realidade, queriam que nós aproveitássemos a janela partidária para sair do partido. Por isso, em nenhum momento quiseram nos ajudar de fato. Mas mesmo assim, ficamos fiéis e lutamos sozinho para garantir a reestruturação do PSDB em Cuiabá. Vamos encarar mais esse desafio de cabeça erguida”.

Outro lado - A reportagem do oticias entrou em contato com o presidente estadual do PSDB, deputado Carlos Avallone e com o deputado Wilson Santos citados na carta. No entanto, nenhum dos dois parlamentares atenderam as ligações ou retornaram até o fechamento da matéria. Contudo, o espaço continua aberto para manifestação dos citados.

 
 

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