Durante pronunciamento na tribuna da Câmara Municipal, na manhã desta terça-feira (06.05), o vereador Charles da Educação (União) fez graves denúncias contra a gestão da prefeita de Várzea Grande, Flávia Moretti (PL), destacando rumores sobre a atuação de “forças ocultas” que estariam influenciando os rumos da Secretaria Municipal de Educação. Segundo ele, a pasta vive uma situação de “desordem” e carece de comando claro e efetivo.
O parlamentar afirmou que há registros de perseguição a servidores, boletins de ocorrência por assédio moral, pedidos de exoneração motivados por pressão psicológica e servidores atuando em setores estratégicos sem nomeação oficial. “Isso é muito grave. Tem servidor assinando documentos sem sequer ter sido nomeado oficialmente”, alertou.
Charles também criticou duramente a estagnação da rede municipal de ensino, mesmo após os primeiros 100 dias da nova administração. Ele afirmou ter recebido, via WhatsApp, o relatório de gestão da prefeita e, ao analisá-lo, constatou que “a Educação ainda não avançou em nada”.
Preocupado com o impacto da má gestão, o vereador chamou atenção para o risco de queda nos indicadores educacionais, como o IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) e o SAEB (Sistema de Avaliação da Educação Básica), que influenciam diretamente os repasses federais à Educação a partir de 2026.
Outro ponto destacado foi a piora na qualidade da merenda escolar. De acordo com Charles, nos primeiros quatro meses da atual gestão, a alimentação oferecida nas escolas se deteriorou significativamente. “Muitas crianças têm na merenda escolar sua primeira refeição do dia. A alimentação adequada é essencial para o desenvolvimento e a aprendizagem”, ressaltou.
Ele também cobrou o cumprimento da promessa de pagamento do RGA (Reajuste Geral Anual) e a implementação do piso salarial previsto na Portaria n.º 77 do Ministério da Educação. Acusou a prefeita de usar reuniões com o sindicato apenas para fins políticos, sem efetivar as mudanças necessárias. “Foi só palanque político. O servidor continua prejudicado, fora da folha de pagamento da Educação. O projeto enviado a esta Casa de Leis veio com erros e, se aprovado como estava, prejudicaria ainda mais os servidores”, denunciou.
Charles finalizou sua fala garantindo que continuará exercendo firmemente seu papel de fiscalização como vereador e presidente da Comissão de Educação da Câmara Municipal.
Outro lado
A reportagem do entrou em contato com a assessoria da Secretaria de Educação, mas até o fechamento da matéria não obteve retorno. O espaço permanece aberto para manifestação.
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