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Política Quarta-feira, 31 de Agosto de 2016, 15:21 - A | A

Quarta-feira, 31 de Agosto de 2016, 15h:21 - A | A

Propina

Silval Barbosa culpa ex-secretários por esquema criminoso

Lucione Nazareth/VG Notícias

O ex-governador Silval Barbosa (PMDB) em depoimento à juíza Selma Rosane, nesta quarta-feira (31.08), negou que tenha sido chefe de uma organização criminosa e que cometido crime de corrupção durante a sua gestão à frente do governo do Estado entre os anos de 2010 à 2014.

O ex-gestor afirmou que Pedro Nadaf mentiu em seu depoimento, ao acusa-lo de comandar o esquema e de obrigar os secretários e outros servidores públicos de cobrar propina. “Ele mentiu no seu depoimento”.

Sobre a cobrança de propina de Willians Mischur, ele disse que nunca fez cobrança e que a organização criminosa que existia era composta por Pedro Nadaf, César Zílio, Pedro Elias, o engenheiro José da Costa Marques, o empresário Willians, o pai de Zílio - Antelmo.

Barbosa afirmou que toda campanha eleitoral tem caixa dois, e que ao assumir o governo, Zílio disse que existia uma dívida de campanha e que ele iria ajudar a pagar essa dívida. “Ele disse que iria me ajudar, e eu autorizei. Mas, só depois que fui preso que fiquei sabendo tamanho da estrutura montada pelo senhor César Zílio, Willians e o Pedro Elias” disparou.

Silval diz que nunca pediu propina e nem autorizou ninguém para cobrar propina de empresários em seu nome. “O Willians sempre me procurou para falar sobre o contrato dele e eu sempre disse faça licitação. Nunca cobrei ou pedi nada para ele” declarou ao detalhar um conversa que teve com o empresário na casa do seu irmão.

O ex-governador declarou que Pedro Elias tinha interesse no contrato da Consignum e por isso teria ajudado Willians, e em seguida apontado ele (Silval).

Sobre as acusações contra ele, Silval disse que Riva, Pedro Elias, César Zílio, Willians Mischur o denunciaram porque têm medo de ser presos novamente. “Não quer ser preso, fala do Silval. Eu virei uma espécie de senha” pontua.

Barbosa declarou que José Riva era muito difícil de lidar e que tentou por várias vezes emplacar empresas para assinar contrato com o governo do Estado. "Ele era muito difícil de se lidar, assim como alguns deputados que estão lá".

Silval afirma que o governador Pedro Taques criou o CIRA apenas com objetivo de investigar. "Se o CIRA querem jogar a culpa em mim pode jogar, e que eu apodreça na cadeia, mas fique jogando as coisas contra o Rodrigo. Ele não participou e eu nunca repassei propina para ele".

Sobre Walace, Silval disse que apenas foi procurado pelo ex-prefeito para ajudá-lo politicamente, como subir no palanque do peemedebista em Várzea Grande. "Não recebi nada ligado ao Walace".

“Esse processo todo é marcado por contradições. As pessoas me usam e usam o Rodrigo para sair da cadeia”, disse Silval.

O ex-governador disse ainda que a compra do terreno de R$ 13 milhões foi realizada em esquema de César Zílio, Willians Mischur, a empresa de contabilidade de Zílio, o pai de Zílio - Antelmo, José da Costa Marques, e negou participação da compra do imóvel.

O ex-governador diz que o empresário Willians Mischur participou diretamente do esquema, pois, segundo ele, começou a pagar propina ao Estado para não perder o contrato. “Ele mesmo se enrolou ao pagar propina. Eu não tinha conhecimento nada disso. Mas, ele mesmo confessou aqui e por isso acredito que tenha participado de tudo isso para não perder o contrato”.

No final do depoimento Silval Barbosa solicitou que a juíza Selma Rosane lhe conceda liberdade domiciliar, já que está há mais de um ano preso.

"Estou pedindo para a senhora doutora me soltar. Estou muito tempo preso".

O advogado de Silval, Valber Mello, solicitou pedido de liberdade do ex-gestor alegando que já se encerrou os depoimentos da ação penal e que a magistrada o liberte antes do julgamento final do processo.

Ele chegou a pedir que prisão seja convertida em prisão domiciliar ou medidas cautelares, como uso de tornozeleira eletrônica.

A juíza ficou de analisar o pedido.

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