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A juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Selma Rosane Santos Arruda, condenou nessa terça-feira (28.03) o ex-deputado estadual José Riva (sem partido) a 21 anos e oito meses de prisão pelo desvio de R$ 2 milhões dos cofres da Assembleia Legislativa. O processo está relacionado à ação penal da Operação Arca de Noé.
De acordo com o processo, Riva é apontado como um dos responsáveis pela criação da empresa de fachada “João Roberto Borges Papelaria”, que teria simulado fornecimento de produtos à Assembleia Legislativa, no valor de R$ 2,023 milhões, que em valores atualizados corresponde a R$ 5,4 milhões.
Conforme a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE), ao todo o ex-parlamentar teria autorizado 41 pagamentos a empresa por serviços inexistentes. Segundo os autos, na fraude foram descontados 20 cheques diretamente na boca do caixa bancário. Os demais foram trocados na factoring Confiança do ex-bicheiro João Arcanjo.
O esquema ocorreu no final dos anos 90 e início dos anos 2000, quando Riva presidia a Mesa Diretora da Assembleia Legislativa.
Os crimes atribuídos ao ex-deputado são de peculato, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.
A decisão condenatório contra Riva cabe recurso e ele poderá recorrer em liberdade.
Também são réus na mesma ação penal o ex-deputado estadual e ex-conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Humberto Bosaipo, o ex-chefe do crime organizado em Mato Grosso, João Arcanjo Ribeiro, os ex-secretários de Finanças da Assembleia Legislativa, Luis Eugênio Godoy e Nivaldo de Araújo, os contadores Joel Quirino Pereira e José Quirino Pereira, e o empresário Nilson Roberto Teixeira, ex-homem forte das empresas de factoring de João Arcanjo Ribeiro.
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