Atualizado às 09h12 - O ex-deputado José Riva fez uso da prerrogativa de permanecer em silêncio e não respondeu na manhã desta quarta-feira (03.06) os questionamentos dos membros da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI do Paletó) que investiga o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB) por suposta quebra de decoro e obstrução da Justiça.
Riva havia sido convocado para que falar sobre as declarações do ex-governador, Silval Barbosa (prestado na CPI do Paletó) sobre o suposto esquema de pagamento de “mensalinho” aos deputados estaduais na época em que Emanuel Pinheiro era deputado.
Porém, na sessão de hoje na CPI, José Riva afirmou que iria fazer uso da prerrogativa de permanecer em silêncio em decorrência do acordo de colaboração com o Ministério Público Estadual (MPE) e que foi homologado pelo desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ/MT), Marcos Machado. A delação está em sigilo, impedindo que Riva comente sobre os fatos constantes no acordo.
“Irei fazer uso da prerrogativa de permanecer em silêncio em decorrência do acordo de colaboração com o Ministério Público Estadual. Qualquer coisa que possa falar aqui pode atrapalhar o acordo. Falei com meus advogados e com membros do Ministério Público e resolvei adotar essa posição”, disse Riva.
O ex-deputado garantiu que caso o desembargador Marcos Machado o autorize a falar sobre fatos específicos investigados pela CPI, ele estará à disposição para falar sobre o tema caso tenha conhecimento deles.
“O desembargador autorizando-me não tenho problema nenhum de falar sobre os fatos específicos investigados pela CPI. Estou à disposição no momento certo para os devidos esclarecimentos”, declarou o ex-deputado.
Ainda na sessão, o vereador Vinicyus Hugueney (Solidariedade) apresentou requerimento para que os membros da CPI possam ter acesso a delação de Riva em relação aos fatos investigados pela Comissão. O pedido deve ser apreciado na próxima sessão da Comissão.
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