A presidente da Câmara Municipal de Cuiabá, vereadora Paula Calil (PL), afirmou nesta terça-feira (10.06) que ainda não solicitou suplementação orçamentária ao prefeito Abílio Brunini (PL), embora a Casa tenha direito ao pedido. Ela justificou a decisão citando o decreto municipal de calamidade financeira.
“A Câmara tem direito a um valor de suplementação, mas eu ainda não realizei o pedido porque estamos vivendo um decreto de calamidade financeira. Neste momento, não é adequado”, disse Calil.
Segundo a Lei Orçamentária Anual (LOA), o orçamento da Câmara para 2025 é de R$ 102 milhões. A presidente explicou que parte da estrutura física do prédio precisa de reparos e que os computadores usados pelos servidores são de 2019, o que justificaria um reforço de verba no futuro.
Suplementação pode ser solicitada no segundo semestre, após análise da procuradoria da Câmara.
Salários a vereadores afastados
Calil também foi questionada sobre o impacto orçamentário causado pela manutenção dos salários dos vereadores Chico 2000 (PL) e Sargento Joelson (PSB), afastados pela Operação Perfídia. A investigação apura suspeitas de corrupção no Legislativo municipal.
Ambos foram afastados em 29 de abril, e seus suplentes assumiram os mandatos. Inicialmente, a procuradoria da Câmara entendeu que os titulares não deveriam receber salários. No entanto, após decisão judicial, a Casa foi obrigada a pagar os vencimentos retroativos, já que o afastamento se deu por licença administrativa, e não por suspensão de mandato.
“Embora eu, como presidente e vereadora, ache que isso seja imoral, não é ilegal. Vamos cumprir a decisão judicial”, afirmou Calil.
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