A Petrobras informou nesta segunda-feira (28.07) que vai reduzir, em média, 14% o valor do gás natural vendido às distribuidoras a partir de agosto, em relação ao trimestre anterior. A queda reflete o recuo de 11% na cotação do petróleo tipo Brent e a valorização de 3,2% do real frente ao dólar no período.
Segundo a estatal, os contratos firmados com as distribuidoras preveem reajustes trimestrais no preço da molécula do gás, com variação vinculada às oscilações do Brent e do câmbio. Desde dezembro de 2022, o preço médio do insumo repassado às distribuidoras já acumula redução de cerca de 32%, considerando a nova queda anunciada.
A Petrobras ressaltou, no entanto, que o valor final pago pelo consumidor não depende somente do preço da molécula. A tarifa inclui custos de transporte, composição de suprimento de cada distribuidora, margens de lucro e tributos federais e estaduais.
A nova tabela passa a valer em 1º de agosto e será aplicada de acordo com os contratos e produtos firmados por cada concessionária.
Leia nota da Petrobras na íntegra:
"A Petrobras informa que em 01/08/25, conforme os contratos acordados pela Companhia com as distribuidoras, os preços de venda da molécula de gás serão atualizados, com redução média de cerca de 14% em relação ao trimestre anterior.
Os contratos com as distribuidoras preveem atualizações trimestrais da parcela do preço relacionada à molécula do gás e vinculam esta variação, para cima ou para baixo, às oscilações do petróleo Brent e da taxa de câmbio R$/US$. Para o trimestre que inicia em agosto de 2025 a referência do petróleo Brent caiu 11,0% e o câmbio teve apreciação de 3,2% (isto é, a quantia em reais para se converter em um dólar reduziu 3,2%).
Importante destacar que as variações por distribuidora dependem dos produtos contratados com a Petrobras, e que considerando os mecanismos criados pela empresa, em 2024, dos prêmios por performance e de incentivo à demanda é possível ampliar a redução no preço da molécula.
Desde dezembro de 2022, o preço médio da molécula vendido às distribuidoras acumula uma redução da ordem de 32%, incluindo o efeito da redução de agosto. Considerando a aplicação integral dos prêmios, a redução acumulada média poderia atingir mais de 33%.
A Petrobras ressalta que o preço final do gás natural ao consumidor não é determinado apenas pelo preço de venda da molécula pela companhia, mas também pelo custo do transporte até a distribuidora, pelo portfólio de suprimento de cada distribuidora, assim como por suas margens (e, no caso do GNV – Gás Natural Veicular, dos postos de revenda) e pelos tributos federais e estaduais."
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