O jornalista José Marcondes, o “Muvuca”, em entrevista ao VG Notícias voltou a acusar o senador Pedro Taques (PDT) de ter usufruído de dinheiro “ilegal” para financiar a campanha em 2010. Segundo o jornalista, Taques recebeu dinheiro de empresas privadas que responde na justiça por vários processos.
De acordo ele, em 2010, Taques recebeu doação da empresa Agrimat Engenharia Indústria e Comércio, que responde na justiça por várias ações, como superfaturamento de obras públicas em Várzea Grande no ano de 1998 - na gestão do então prefeito Jaime Campos (DEM). A empresa responde ainda, por desmatamento de uma Área de Preservação Permanente (APP), no município, em 2011. A Agrimat doou o equivalente R$ 20 mil para campanha do pedetista.
Outra empresa que segundo Muvuca, teria feito doação para campanha de Taques foi a Grupo Bom futuro, que foi denunciada pelo Ministério do Trabalho do Estado por submeter funcionários a condições degradantes, chegando a ser considerado trabalho escravo.
“Estas empresas financiaram a campanha do Pedro Taques porque queriam alguma coisa em troca. Eles sabem que com os contatos que ele (Taques) tem na justiça pode dar um jeito nestes processos, o chamado troca de favores. Pedro Taques recebeu dinheiro sujo durante a campanha de 2010 e tenho como comprovar isso. Ele se iguala a todos os políticos que um dia ele disse que eram desonestos e os criticavam”, declarou Muvuca.
Há tempos, Taques e Muvuca “travam um duelo” no cenário político, devido matérias e declarações do jornalista contra o senador. Uma das denúncias de Muvuca contra Taques foi que o senador teria “suposta relação obscura” com o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de Mato Grosso (Sindipetróleo/MT), empresário Aldo Locatelli. Os dois ainda têm uma série de processos judiciais um contra o outro.
Perseguição do Senador - Muvuca declarou para reportagem, que há um mês não consegue entrar na sua própria casa, devido às perseguições que vem sofrendo do senador Pedro Taques.
“A minha casa e a casa de minha namorada, estão sendo monitoradas por policiais da Polícia Federal, me senti um prisioneiro. Fiquei com medo e tudo isso sendo feito a pedido do senhor Pedro Taques”, disse o jornalista
Segundo ele, o senador mato-grossense vem gastando grande parte do tempo de parlamentar para persegui-lo. “Um cidadão que precisa fazer emenda para Mato Grosso não faz, ao invés disso, fica perseguindo o jornalista e impedindo de fazer seu dever que é informar a população e atentando contra a liberdade de expressão”, colocou Muvuca.
Determinação Judicial - O juiz federal Paulo César Alves Sodré, da 7ª Vara de Mato Grosso determinou, que Muvuca mantenha distância de Pedro Taque em no mínino 200 metros. O magistrado determinou ainda, o jornalista não poderá frequentar os mesmos lugares públicos que o parlamentar e deverá fazer um laudo psiquiátrico para comprovar sua sanidade mental.
Explicações: Paulo Taques, advogado do senador Pedro Taques vai conceder entrevista nesta quarta-feira (27.03), as 15 horas, em seu escritório, em Cuiabá. Segundo a assessoria de Pedro Taques, o encontro entre advogado e jornalistas é para esclarecer o motivo da medida protetiva, requerida na Justiça pelo senador contra o jornalista Muvuca.
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