O ex-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro Luís Roberto Barroso, disse que é preciso educar a sociedade para não circular informações falsas, a famoso “fake news”, e que existe um pouco de desinformação, ignorância e má-fé no discurso que tenta desacreditar a segurança das urnas eletrônicas. As declarações ocorreram em entrevista à GloboNews.
Evitando citar nomes, como do presidente Jair Bolsonaro (PL), Barroso reafirmou que as urnas eletrônicas são confiáveis, mas que mesmo assim existe uma “certa obsessão por mexer exatamente naquilo que funciona bem, que é o sistema eleitoral”.
"Com tanta coisa neste momento no mundo e no Brasil indo mal, há uma certa obsessão por mexer exatamente naquilo que funciona bem, que é o sistema eleitoral. Eu acho que há um pouco de desinformação, um pouco de ignorância e há um pouco de má-fé. Portanto, cada um desempenhando o papel que deseja", disse o ministro.
Segundo ele, hoje a “fake news” sobre o funcionamento de urnas eletrônicas são produzidas pela “criminalidade”. "As fake news, a mentira na rede, é como a criminalidade. Nós vamos precisar educar a sociedade para não cometer esse delito nem circular informações falsas", declarou Barroso.
Além disso, o ministro negou existe de uma suposta “sala secreta” no TSE usada supostamente para apuração de votos.
"A apuração seria feita em uma sala secreta com meia dúzia de pessoas. Isso é uma bobagem, uma tolice. A apuração é feita pelo somatório dos boletins de urnas. O que nós temos no TSE é um supercomputador que faz essa conta porque são cerca de 6 mil municípios e dezenas de milhares de candidatos. Para facilitar a vida, a conta é feita lá no TSE, mas ela pode ser conferida por todo mundo porque esses boletins de urna são impressos, distribuídos e colocados na internet", finalizou.
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