O governador Mauro Mendes (União), que assumiu destinar 10% de sua agenda para tratar assuntos políticos eleitorais, respondeu nesta terça-feira (15.03) às críticas do Fórum Sindical, que o acusam de falta de diálogo.
As reclamações da categoria foram expostas durante reunião com o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), que pegou férias para construir uma candidatura de oposição à gestão estadual.
“Essa invenção do Fórum Sindical, isso foi uma coisa lá do Pedro Taques, cada categoria tem uma realidade diferente, cada categoria tem uma especificidade, uma demanda diferente e a orientação que temos é dialogar com os Sindicatos. Sempre dialogamos. Eu não consigo entender a Polícia Civil, com a mesma agenda da Educação, não consigo entender o Indea com a mesma demanda com a Sema. São todas muito diferentes”, disse o governador.
Segundo Mendes, existe uma diferença na representatividade do Fórum Sindical (instituição que reúne vários Sindicatos) e os Sindicatos. Para Mendes, essa instituição “foi inventada” pelo ex-governador Pedro Taques (Solidariedade).
Se eu for atender todo mundo vou atender mais que pai de santo e não vou trabalhar
“Quem representa os seus servidores são os seus Sindicatos, e estes, o Governo recebe, eu já recebi alguns, agora, os meus secretários são as pessoas legitimadas para o dia a dia de centenas de ações. Se eu for atender todo mundo que queira falar com o governador, eu vou atender mais que pai de santo e não vou trabalhar, não vou conseguir dar resultado. Vou despachar com meus secretários, vou cobrar resultados, vou falar com prefeitos, vou falar com a Assembleia. Então, eu tenho que ter uma agenda, que eu possa atender a todos dentro de alguns critérios”, argumentou.
Mauro reconheceu que “nunca” sentou com o Fórum Sindical e desqualificou a instituição por “abraçar” o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, que definiu como “pior símbolo da política”
“O Fórum Sindical quando ele vai lá e abraça com aquele que é o pior símbolo, daquilo que a gente mais repugna na política, pelo menos as pessoas de bem, eu acho que ele perde um pouco a credibilidade”, destacou.
Ele também foi questionado sobre as críticas do prefeito, que o acusou de governar para “sua panelinha”, se referindo a seu secretariado. “Gente isso é frasezinha de efeito, acha que eu vou entrar de efeito tão pequeno, tão distante da realidade. Isso aqui é para panelinha? Mais de 2500 quilômetros de asfalto, olha os investimentos na Saúde, olha os investimentos nas regionais, para né, as Prefeituras nunca receberam tanta máquina como agora. Senhores, eu Governo para todos, não é para o servidor só. Sindicato é uma coisa!”, declarou.
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